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urante o painel “As oportunidades do Seguro de Vida no Brasil, planejamento sucessório e a importância da gestão do risco patrimonial”, ocorrido no Smart Summit 2024, dia 25 de janeiro, na Expo MAG, quatro especialistas se reuniram no palco para falar sobre a importância do Seguro de Vida, planejamento sucessório e outras possibilidades de soluções para a gestão do risco patrimonial. 

Após o painel, Larissa Althoff, Diretoria de Parcerias Financeiras da MAG Seguros, José Florippes, Diretor de Vendas de Seguros na Omint, Jordana Justino, Sócia Fundadora e Coordenadora Jurídica da JQT Advocacia e David Brandoles, Gerente da be.smart seguros, concederam uma entrevista exclusiva à Insurtalks e destacaram a importância do Seguro de Vida como instrumento simples e eficaz de planejamento sucessório, além de apontar dados que apontam para o crescimento desse mercado no Brasil e levantar reflexões acerca do futuro. Confira abaixo insights do painel e do bate-papo exclusivo:

David Brandoles, Gerente da be.smart seguros,

“Não existe futuro planejado sem presente protegido”

Durante o painel, David Brandoles explica que quando existe uma situação de falta, é normal  pensar nas transferências de bens e em tudo o que envolve a falta do pilar financeiro da família ou da empresa. Mas, segundo ele, há outros cenários preocupantes: “Também tem um cenário presente que pode vir a ruir a parte financeira da família como o diagnóstico de uma doença grave, por exemplo. Por isso, sempre digo que não existe futuro planejado sem presente protegido”.

Larissa Althoff, Diretoria de Parcerias Financeiras da MAG Seguros

Seguradoras e insurtechs estão lançando produtos mais competitivos

Larissa Althoff enxerga uma maturidade do ramo segurador, sobretudo após as dificuldades da pandemia, e fala sobre as empresas estarem lançando produtos mais inovadores: "Apesar dos desafios enfrentados durante a pandemia, nosso mercado permaneceu comprometido com a sociedade e demonstrou resiliência, mantendo um crescimento de dois dígitos. Além disso, temos presenciado inovações contínuas, com todas as empresas do setor buscando lançar produtos cada vez mais competitivos."

Seguro de Vida pode ajudar famílias brasileiras no planejamento sucessório

Quando questionados sobre os principais desafios que as famílias brasileiras enfrentam em relação ao planejamento sucessório e como os seguros podem ajudar, Jordana Justino disse:

“Acho que o principal desafio que as famílias enfrentam hoje em relação ao planejamento sucessório é que, por ainda terem o tabu de não falar sobre sucessão e não pensarem nesse planejamento ou em ter um seguro de vida como ferramenta de sucessão, no momento do falecimento que os herdeiros precisam ter liquidez para suportarem os custos de um inventário, por exemplo, e ainda por cima em um momento extremamente delicado e de muito desgaste emocional,  acabam não tendo essa liquidez e em muitos casos podem perder até 20% do seu patrimônio, exatamente pela família não ter pensado em realizar um planejamento sucessório.”
Jordana Justino, Sócia Fundadora e Coordenadora Jurídica da JQT Advocacia

Papel do Seguro de Vida é ajudar herdeiros a terem liquidez em um momento difícil

Para Jordana, o seguro de vida é de grande ajuda no momento da perda de um ente querido: “Acho que o problema que as pessoas mais enfrentam hoje é o de não ter liquidez no momento de ter que lidar com a sucessão. Liquidez para pagar as despesas, sejam as da burocracia do espólio, sejam as do dia – para os casos nos quais a pessoa falecida era quem administrava tudo da casa, por exemplo, então, acho que o papel do seguro nessa seara da sucessão é de fato ajudar os herdeiros a terem liquidez em um momento tão delicado.”

Preconceito duplo

Respondendo ao mesmo questionamento, David Brandoles fala sobre o preconceito que as pessoas ainda têm sobre o assunto: “Complementando o que a Jordana disse, acho que existe um preconceito duplo: um deles é o das pessoas desconhecerem um produto que pode atendê-las de uma forma melhor; o outro, é de pensarem que é muito caro fazer um planejamento adequado. Geralmente, as pessoas se surpreendem com o desenho que conseguimos fazer do produto.”

Gestão do risco patrimonial no contexto do Seguro de Vida

Respondendo sobre a importância da gestão do risco patrimonial no contexto do seguro de vida e como as seguradoras estão auxiliando os clientes a protegerem seus ativos e patrimônio, José Florippes afirmou que acha fundamental que seja oferecida uma gestão de risco às famílias.  “Penso que o seguro de vida é, hoje, a ferramenta mais barata para fazer essa gestão de risco. Há outras possibilidades, como holding e previdência, por exemplo, mas ambos têm outros custos relacionados a elas.No caso do seguro de vida, o cliente paga uma parcela e já tem o capital contratado protegido.”

“Conforme as pessoas passam por marcos importantes, como o primeiro emprego, casamento, filhos e aposentadoria, suas necessidades de proteção se modificam e se expandem.”

Já Larissa Althoff  disse que as seguradoras têm se dedicado a desenvolver portfólios que abrangem todas as fases da vida, levando em consideração as diferentes idades, condições de saúde e estilos de vida dos clientes e acrescentou:

“Conforme as pessoas passam por marcos importantes, como o primeiro emprego, casamento, filhos e aposentadoria, suas necessidades de proteção se modificam e se expandem. O mercado segurador tem respondido a esses momentos específicos, oferecendo soluções que se adequam a cada situação, permitindo que os clientes escolham opções de seguro que atendam às suas necessidades em diferentes estágios da vida. O seguro agora é considerado não apenas como uma forma de substituir a renda de um provedor financeiro ausente, mas também como um instrumento valioso no processo de sucessão, proporcionando liquidez aos herdeiros, que podem utilizar esses recursos para custear as despesas com inventário. Essa solução é vista como vantajosa, uma vez que, em muitos casos, os custos com impostos e honorários advocatícios consomem parte do patrimônio herdado, resultando em uma descapitalização para os herdeiros. Assim, o seguro se torna um plano de ação altamente eficaz no processo de transmissão patrimonial, oferecendo uma proteção financeira crucial para as gerações futuras.”

Sucessão Empresarial

Falando da sucessão empresarial, Althoff traz dados que apontam obstáculos no processo de transmissão da gestão dos negócios.

“É relevante notar que, devido à falta de planejamento, pesquisas indicam que menos de 15% das empresas conseguem atingir a terceira geração, evidenciando um desafio significativo no processo de transmissão da gestão dos negócios. Será que a oferta de seguros, o planejamento antecipado e a sucessão empresarial poderiam viabilizar a continuidade próspera das empresas ao longo das gerações futuras? Parece que o mercado tem desempenhado um papel crucial nesse sentido", ponderou.

Mercado de Seguro de Vida tem um vasto campo a ser explorado

Ao serem questionados sobre como veem a evolução do seguro de vida no Brasil nos próximos anos, todos partilham da visão de que é e será um mercado muito promissor com muitas possibilidades a serem exploradas. 

David Brandoles disse: “Vejo o seguro de vida como um mercado muito promissor, principalmente porque o assessor financeiro, que é o nosso público aqui na Be.smart (hub de soluções para planejamento financeiro ligado à InvestSmart), tem entendido a necessidade do seguro de vida e que até o seu negócio ficará mais saudável e protegido quando os clientes de sua carteira estiverem também. Então, além da aceitação, muitos assessores estão buscando capacitação para entenderem melhor como funcionam as métricas do seguro e assim, oferecerem aos clientes com mais propriedade.” 

“Seguro de vida é seguro de vida, não é seguro de morte”

Florippes afirma que a pandemia trouxe uma cultura diferente para o Brasil. “O brasileiro se achava imortal e passou a ver que a morte estava ao lado. E cada vez mais as pessoas estão entendendo a importância das coberturas em vida. Seguro de vida é seguro de vida, não é seguro de morte. Com essa tendência da pandemia e, cada vez mais, a cultura brasileira mudando, o mercado de vida deve crescer. Já tem crescido muito rápido no pós pandemia, mas ainda existe um campo enorme de crescimento”, afirma.

Larissa Althoff compartilha a visão de Florippes sobre o crescimento do mercado de seguro de vida, afirmando que mais de 80% da população do país não possui uma cobertura adequada. Ela ressalta que, diante desse cenário, há um mercado significativo a ser explorado. Com diversas necessidades a serem atendidas por meio de uma apólice de seguro, Larissa enxerga um ambiente altamente favorável para o contínuo crescimento do setor, com taxas de dois dígitos e uma ampla gama de ofertas.

“Morrer dá um trabalho danado… para quem fica!”

Para encerrar, a Insurtalks perguntou aos painelistas quais conselhos eles dariam aos indivíduos que estão considerando a compra de um seguro de vida e planejamento sucessório para proteger seu futuro financeiro e de suas famílias. 

Respondendo a isso, Florippes afirmou que, ao contratar uma apólice de seguro de vida, a pessoa está realmente preocupada com quem vai ficar, devido à exaustão das tarefas inerentes ao falecimento de uma pessoa. Ele declara: “Morrer dá um trabalho danado… para quem fica! Por isso, é preciso pensar numa maneira de se resguardar para deixar uma vida mais tranquila para quem vai ficar depois de você.” Ele também alerta que, ao pesquisar pela primeira vez um seguro de vida, o cliente precisa buscar um bom assessor financeiro ou um bom corretor de seguros para “montar esse quebra-cabeça de soluções ideais para aquele determinado cliente”.

A proteção do futuro financeiro

Jordana Justino afirmou que a contratação de um seguro de vida é uma ótima primeira opção, já que, independente do que aconteça dali para frente, a pessoa já fica segura com uma ferramenta para auxiliar no planejamento sucessório. 

“É importante também pensar na questão do patrimônio e parar de achar que pensar no planejamento sucessório é como chamar a morte, principalmente neste momento de incerteza em relação à nova alíquota do ITCMD/ITD após a promulgação da Reforma Tributária. Na verdade, a pessoa que faz o planejamento sucessório, que se preocupa com isso de maneira preventiva, está pensando no próprio legado patrimonial e familiar e, ainda, tendo carinho e empatia com quem vai ter que resolver esse assunto depois. A sucessão patrimonial protege as pessoas do desgaste emocional por conta das finanças e das brigas familiares decorrentes disso. O conselho que eu daria é passar a pensar em ferramentas de planejamento sucessório agora, não achar que ainda é um tabu falar sobre essa questão; e também começar a pensar no seguro como opção inicial de um planejamento sucessório.”

David Brandoles disse que o primeiro conselho é compreender a realidade daquela família ou empresa. “É preciso entender como está a remuneração/faturamento do cliente, a saúde financeira e quais as principais necessidades para presente e futuro, pois assim conseguimos desenhar um cenário que seja adequado para blindar o cliente de qualquer risco.” 

“Existe vida após a morte – e não estou falando de religião –: a vida do cônjuge, dos filhos, das pessoas com quem você se importa"

Falando sobre a importância de as pessoas se planejarem financeiramente para os entes queridos conseguirem dar continuidade às suas vidas preocupando-se, exclusivamente, com o luto, não com questões de natureza burocrática, Brandoles fala sobre a vida após a morte – sem entrar na esfera de crenças religiosas – ele diz: “Precisamos pensar na continuidade do patrimônio e, em caso de morte, na continuidade do legado daquele cliente. Costumamos usar uma frase que é: Existe vida após a morte – e não estou falando de religião –: a vida do cônjuge, dos filhos, das pessoas que você se importa", finaliza.

Postado em
1/2/2024
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