Durante a pandemia de Covid-19, os planos de saúde foram obrigados pela ANS_ Agência Nacional de Saúde_ a oferecerem cobertura de telemedicina devido à necessidade de isolamento social. As diretrizes da Nota Técnica 6/2020 foram estabelecidas em caráter emergencial para tentar conter a possível contaminação durante os atendimentos médicos presenciais.

O fato é que, mesmo após o relaxamento das medidas de isolamento social, a procura pela telemedicina se tornou cada dia maior. 

Motivos para aumento da procura 

Especialmente entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022,o motivo do aumento da procura foi uma quantidade maior de casos de doenças respiratórias, o que fez com que as pessoas ficassem mais temerosas quanto à possibilidade de se contaminarem.

Ademais, os pacientes começaram a notar muitas vantagens neste tipo de atendimento, como, por exemplo:

• O rompimento de barreiras geográficas: resultando na ampliação do acesso aos cuidados de saúde. Com a telemedicina, habitantes de cidades pequenas ou locais afastados de grandes centros urbanos não precisam percorrer longas distâncias para serem atendidos por especialistas.
• Acessibilidade: pacientes com deficiência física ou mobilidade reduzida têm seu dia a dia facilitado, pois não necessitam se locomover até um consultório ou clínica, já que podem receber atendimento no conforto de suas casas.
• Ambiente seguro: outra vantagem com relação às consultas impacta pessoas com transtornos mentais, que podem ser observadas por psicólogos e psiquiatras em um ambiente no qual se sintam seguras.
• Melhora no acompanhamento dos enfermos: pacientes que já receberam cuidados podem ser acompanhados remotamente, deixando a consulta presencial para ocasiões específicas. À distância, o médico consegue dar assistência mais frequente àqueles pacientes que precisam de acompanhamento constante. Assim, é possível perceber anormalidades mais rápido e atuar evitando complicações. 
• Diminuição da incidência de infecções transmitidas por contato: pacientes que foram acometidos por doenças crônicas que precisam de um acompanhamento constante e pós-cirúrgico, por exemplo, podem evitar de serem contaminados por alguma infecção transmitida pelo contato presencial. Além disso,essas são situações em que o médico poderá ficar mais presente e o paciente mais tranquilo com o auxílio médico fácil.

‍62% dos jovens tiveram a saúde emocional afetada pela pandemia

De acordo com um levantamento feito pelo Instituto FSB, a pedido da SulAmérica, os jovens da a geração Z (nascidos a partir do ano 2000) se mostram mais vulneráveis quando o assunto é saúde emocional. Quando questionados sobre sintomas e sentimentos que mais apareceram no último ano, 62% dos jovens relataram sentir ansiedade. Um aumento pequeno, mas considerável, frente a 56% em 2021.

A pesquisa foi feita pelo segundo ano e tem o objetivo de avaliar a preocupação e os cuidados do brasileiro relacionados à saúde durante a pandemia. Foi realizada durante o último mês de maio e a amostra contou com 2 mil entrevistas por abordagem online, de todas as regiões do país – nas 27 unidades federativas -, e avaliou questões relacionadas às saúde física, emocional e financeira dos participantes.

‍Saúde emocional é a segunda que mais preocupa

Segundo a pesquisa, a saúde emocional piorou para 48% dos brasileiros como legado da pandemia. Por essa razão, a saúde emocional é a segunda que mais preocupa (atrás apenas da saúde financeira) como dizem 54% dos entrevistados.

‍Apenas 10% fazem terapia

Para cuidar de alguma forma da saúde mental e emocional, mais de 60% dos brasileiros disseram ter o hábito de ouvir música, enquanto 45% fazem atividades relacionadas à espiritualidade ou religião e 42% descansam ou fazem relaxamento. De todos os entrevistados, apenas 10% disseram que fazem terapia. 

‍Aumenta número de consultas com psicólogos por telemedicina 

Em 2021, a plataforma de telemedicina da SulAmérica registrou aumento de 43% da procura por consultas com profissionais de saúde, como psicólogos e nutricionistas. Esse aumento já é um indicativo de que as pessoas estão aproveitando as vantagens da telemedicina para tratar suas dores psicológicas. Isso pode se dever também ao fato de o paciente se sentir mais confortável para iniciar o tratamento em um ambiente já conhecido e acolhedor que é o próprio lar e, além disso, os valores do tratamento online costumam ser mais em conta que os presenciais, o que facilita bastante o acesso ao tratamento.

‍A telemedicina pode ser a salvação

Para os jovens da geração Z (que representaram mais da metade dos brasileiros que sentiram a saúde emocional afetada no último ano), a telemedicina pode ser a salvação. Tanto pela facilidade de acesso e comodidade _ já que o fato de sair de casa, por si só, já pode disparar a ansiedade de algumas pessoas _,  quanto pelo custo do tratamento.

E este é um momento muito bom para iniciar terapia porque a ANS pôs fim ao limite de consultas com psicólogos. A decisão é recente e determinou que a partir deste mês, todos os usuários de planos de saúde terão direito a consultas ilimitadas com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. 

Além disso, muitas seguradoras inovaram e passaram a oferecer telemedicina no seguro de Vida: a MAG Seguros, a MAPFRE e a Porto  são algumas delas.

‍“Todo mundo merece ficar bem”

Assim, com tantos meios e facilidades, este é um excelente momento para as pessoas usarem a telemedicina como um poderoso recurso de acesso à saúde emocional e física também, já que as duas andam de mãos dadas. E, como disse o famoso ator Selton Mello em um post que viralizou em uma rede social sobre psicoterapia: “Tem gente que fala ‘Ah, é coisa de maluco! Ah, por que eu vou ficar falando com alguém que nem me conhece?’. Isso é uma ignorância que acaba afastando as pessoas de ficar bem, e todo mundo merece ficar bem (...) Isso é investir em você, investir no seu autoconhecimento, investir em conhecer seus vazios, suas dores, as suas fraquezas e as suas forças também”, e ele finaliza declarando: “Todo mundo merece ficar bem”.