olaboração como ferramenta para enfrentar riscos cibernéticos
As parcerias estratégicas entre startups, seguradoras e empresas de tecnologia são fundamentais para fortalecer a resiliência e desenvolver produtos que atendam a um mercado em constante transformação. O QBE Insurance Group utiliza sua unidade de capital de risco, QBE Ventures, para impulsionar o seguro cibernético, investindo em startups com tecnologias avançadas de segurança. Atualmente, 25% do portfólio da QBE Ventures é direcionado a empresas emergentes, alinhando-se à estratégia de criar um ecossistema abrangente que suporte clientes e responda à crescente demanda por soluções cibernéticas. Segundo o relatório "Negócios conectados: dependência digital alimentando riscos", o número de ataques cibernéticos globais pode dobrar até o final de 2024, destacando a urgência de estratégias colaborativas no setor.
Inovação através de alianças estratégicas
O Crowdfund Insider divulgou um relatório de previsões para 2025 da CyberCube que apresenta tendências e desafios no setor no próximo ano. Entre os destaques, está o avanço na subscrição cibernética, que se tornará mais técnica com o suporte de dados aprimorados, embora ainda envolva aspectos subjetivos. Outra preocupação é o uso de agentes de inteligência artificial para amplificar ataques cibernéticos com maior eficiência, representando um risco crescente. Por outro lado, parcerias entre os setores público e privado podem acelerar a gestão de riscos cibernéticos por meio de análises financeiras mais precisas e dados confiáveis. Corretores também terão um compromisso importante no crescimento do mercado, especialmente para pequenas e médias empresas ainda pouco protegidas. Além disso, as seguradoras devem investir em melhor coleta de dados e modelagem de riscos para mitigar exposições. Assim como no caso de desastres naturais, o seguro cibernético poderá contribuir significativamente para fortalecer a segurança digital.
Um mercado em constante alerta
De acordo com uma matéria do Insurance Thought Leadership, o aumento nos ataques afeta empresas de todos os setores. O crescimento das operações digitais expôs cadeias de fabricação e suprimentos a riscos sem precedentes, como evidenciado no Cyber Roundup Report 2024 da Cowbell. Este relatório analisou dados de 46 milhões de PMEs em países como EUA, Reino Unido e Japão, identificando cinco tendências principais:
- Aumento nos ataques à cadeia de suprimentos: Entre 2021 e 2023, esses ataques cresceram 431%, explorando a dependência de fornecedores terceirizados. Empresas precisam reforçar a gestão de riscos com auditorias, cláusulas contratuais de segurança e ferramentas de avaliação.
- Manufatura como setor mais vulnerável: Dependente de automação e sistemas legados, a manufatura lidera o ranking de riscos cibernéticos, enfrentando interrupções críticas e exposição de propriedade intelectual. Priorizar segurança em ambientes de tecnologia operacional e atualizar sistemas legados são medidas essenciais para 2025.
- Setores público e educacional como novos alvos de ransomware: Ataques cresceram 70% devido a restrições orçamentárias e infraestrutura obsoleta. Esses setores devem adotar backups, reforçar e-mails e treinar usuários para reduzir vulnerabilidades.
- Empresas maiores enfrentam mais incidentes, mas PMEs não estão imunes: Grandes empresas têm maior probabilidade de ataques devido ao volume de dados, enquanto PMEs sofrem com recursos limitados e impactos devastadores de incidentes. Soluções escaláveis, como backups e treinamento, podem mitigar riscos em ambas as situações.
- Tecnologias de risco críticas: Sistemas operacionais, virtualização e aplicativos de negócios são vulneráveis, impactando operações. Investimentos em patches, criptografia e segurança orientada por IA são recomendados.
Benefícios do seguro cibernético e a importância da inovação
As parcerias entre seguradoras, startups e provedores tecnológicos promovem a democratização do seguro cibernético, especialmente para PMEs, que são mais vulneráveis devido à limitação de recursos. Essas colaborações permitem a criação de apólices acessíveis e personalizadas, tornando o seguro cibernético uma ferramenta essencial frente à alta frequência de incidentes que colocam empresas e consumidores em risco.
Setores como o financeiro e o de tecnologia, mesmo sendo altamente regulados, continuam expostos, evidenciando a necessidade de medidas proativas para proteger informações pessoais e preservar a confiança em plataformas digitais. Diante da rápida evolução das ameaças, as seguradoras estão focando em iniciativas flexíveis e personalizadas para fortalecer a resiliência e a prevenção. Essa abordagem busca proteger finanças e reputações ao mitigar vulnerabilidades e implementar políticas de segurança robustas.
O aumento das fraudes digitais e as novas ameaças impulsionadas pela IA reforçam a urgência de soluções inovadoras. O mercado de seguros cibernéticos cresce exponencialmente, e a combinação de prevenção, mitigação e resiliência torna-se indispensável.
Unindo forças contra o invisível
No cenário dinâmico e desafiador da segurança cibernética, parcerias estratégicas surgem como um motor de inovação capaz de transformar riscos em oportunidades. Ao combinar o know-how das seguradoras com a agilidade das startups e a expertise tecnológica de provedores, é possível democratizar o acesso ao seguro cibernético, especialmente para PMEs. Essa colaboração amplia a proteção e também fortalece a resiliência frente à complexidade crescente das ameaças digitais. No entanto, a inovação não pode estagnar. Para vencer a corrida contra fraudes digitais, violações de dados e os riscos emergentes da IA, o setor de seguros precisa adotar uma abordagem resolutiva, onde prevenção e mitigação andem de mãos dadas com soluções personalizadas e acessíveis. Para isso, lançar mão de alianças estratégicas é um caminho que pode ajudar as seguradoras a continuar inovando, priorizando os clientes e oferecendo soluções adaptadas às transformações tecnológicas.