rescimento do mercado crypto na América Latina com o Brasil na liderança
A América Latina tem se destacado na adoção de criptomoedas, cenário provocado por crises econômicas e instabilidade monetária. Um estudo da Binance revelou que 95% dos usuários da região acreditam que essa tendência continuará crescendo nos próximos cinco anos. O Brasil lidera as negociações no continente, com compras de criptoativos ultrapassando R$50 bilhões apenas no primeiro semestre de 2023, segundo o Banco Central. No país, a adoção de stablecoins, como USDT, tem sido uma estratégia para enfrentar a inflação e a desvalorização cambial. O relatório da Triple-A mostrou que o número de usuários de criptomoedas na América Latina cresceu 116% no último ano, totalizando mais de 55 milhões de pessoas, sendo o Brasil o principal causador desse aumento. Dados da Receita Federal, divulgados por matéria na Valor Econômico, apontam que, em agosto de 2024, o volume de negociações com criptoativos no Brasil atingiu R$27,2 bilhões. O Bitcoin segue como a criptomoeda mais negociada no país, movimentando mais de R$20 bilhões no período. Além disso, a stablecoin BRZ, atrelada ao real, também se destacou, com transações que somaram R$552 milhões.
A necessidade de seguro para criptomoedas frente a um cenário volátil
A demanda por seguros de criptomoedas cresce à medida que o mercado de ativos digitais se expande, promovendo um cenário atrativo para investidores. No entanto, junto com o potencial de ganhos expressivos, surgem também riscos como ataques cibernéticos, fraudes e alta volatilidade. Diferente do sistema financeiro tradicional, onde depósitos bancários são protegidos por garantias governamentais, o mercado cripto ainda carece de mecanismos de segurança efetivos. Falências de exchanges e a perda de chaves privadas são exemplos de ameaças que podem resultar na perda total de fundos. Diante desse cenário, o seguro para criptomoedas demonstra uma importância no segmento, oferecendo proteção contra roubo, falências e fraudes, aumentando a confiança dos investidores e impulsionando a adoção do mercado. Essa proteção pode ajudar a fortalecer a maturidade e a credibilidade da indústria como um todo, especialmente em regiões como a América Latina, onde os ativos digitais são vistos como alternativa contra a inflação e instabilidade econômica. Assim, o seguro cripto se torna um elemento relevante para a sustentabilidade e crescimento do setor.
Iniciativas no setor de seguros para criptoativos
Nos últimos anos, diversas empresas especializadas têm desenvolvido soluções para oferecer cobertura contra riscos associados às criptomoedas. A Blockchain Deposit Insurance Corp. (BDIC) é um exemplo de instituição que lançou uma unidade global de seguros voltada para criptoativos, visando oferecer proteção para clientes de diferentes partes do mundo. “Alcançar o status de Lloyd's Coverholder será um passo fundamental para estabelecer uma estrutura de seguro confiável e confiável para o mercado de criptomoedas. A BDIC está comprometida em garantir a segurança financeira à medida que a adoção global de moedas digitais acelera. Solicitaremos o status de Lloyd's Coverholder e anunciaremos nosso parceiro de sindicato em um futuro próximo” – disse Jeffrey Glusman, diretor executivo da BDIC. A iniciativa busca trazer mais confiança ao mercado, incentivando a adoção segura desses ativos. Outro exemplo é o Crypto Shield, lançado no Brasil, com intuito de fornecer um seguro específico para carteiras de criptomoedas. Esse tipo de solução se faz importante, especialmente levando em conta o aumento de golpes cibernéticos e ataques de hackers, que podem resultar na perda total dos fundos armazenados em carteiras digitais.
Como funciona o seguro para criptomoedas?
O seguro para criptoativos pode cobrir diferentes tipos de riscos, dependendo da apólice contratada. Algumas das principais coberturas são:
- Proteção contra roubo e hacking: garante indenização em caso de invasão de carteiras digitais.
- Erros operacionais: cobertura contra perdas decorrentes de falhas humanas, como o envio acidental de criptoativos para carteiras erradas.
- Falências de plataformas: em casos de colapso de corretoras de criptomoedas, algumas apólices oferecem proteção aos investidores.
Blindagem financeira e o seguro na proteção dos ativos digitais
O universo das criptomoedas está se expandindo, trazendo oportunidades e desafios na mesma medida. Entre oscilações bruscas, ameaças cibernéticas e a vulnerabilidade de exchanges, a necessidade de mecanismos de segurança se torna evidente dentro de um mercado em forte crescimento como na América Latina. A ausência de regulações claras e a descentralização das criptomoedas tornam a proteção desses ativos um desafio. Para além de funcionar como uma rede de proteção, essa modalidade de seguro impulsiona a credibilidade do setor, permitindo que novos participantes entrem no mercado com mais segurança. Com iniciativas inovadoras surgindo em diferentes partes do mundo, a tendência é que o setor de seguros para criptoativos continue se expandindo.