s temperaturas no Rio de Janeiro atingiram níveis históricos, ultrapassando os 44°C e registrando a maior marca em uma década. O calor intenso, além de provocar desconforto, trouxe consequências mais graves para a saúde da população. Durante episódios anteriores de temperatura extrema, o aumento da mortalidade foi expressivo, especialmente entre idosos com doenças pré-existentes, como hipertensão e diabetes. Um estudo da Fiocruz apontou que, em condições de calor acima de 40°C, o risco de óbito para esse grupo cresce em 50%, o que reforça a preocupação com a exposição prolongada a essas condições.
Gestantes e recém-nascidos também são diretamente afetados
Segundo matéria divulgada no portal CNN Brasil, além dos impactos sobre a saúde dos idosos, gestantes e recém-nascidos também são diretamente afetados. O calor excessivo pode levar a complicações durante a gravidez, como o aumento da pressão arterial, associado a casos de pré-eclâmpsia e partos prematuros. Especialistas alertam que variações extremas de temperatura podem interferir no desenvolvimento fetal e contribuir para problemas cardíacos congênitos. Essas informações demonstram que fenômenos climáticos extremos afetam a qualidade de vida da população e impõem desafios sérios à saúde pública.
Calor intenso também afeta equipamentos eletrônicos
Os efeitos do calor intenso, porém, não se limitam à saúde humana. Equipamentos eletrônicos também sofrem com as altas temperaturas. O superaquecimento de celulares, por exemplo, pode comprometer o funcionamento dos dispositivos, reduzindo sua vida útil e levando a falhas no sistema e na bateria. Em cidades onde o calor extremo se torna cada vez mais frequente, danos em aparelhos eletrônicos podem gerar prejuízos financeiros tanto para indivíduos quanto para empresas que dependem de tecnologia para suas atividades diárias.
O crescimento da frequência e da intensidade de eventos extremos exige uma revisão das estratégias adotadas pelas seguradoras
Com essa realidade imposta, o setor de seguros precisa oferecer soluções que auxiliem na redução de riscos e na proteção da população diante dos efeitos das mudanças climáticas. O crescimento da frequência e da intensidade de eventos extremos exige uma revisão das estratégias adotadas pelas seguradoras, tanto na precificação das apólices quanto na criação de novos produtos que levem em conta os impactos das variações climáticas.
IA e análise de dados para uma distribuição mais equilibrada dos custos e uma precificação mais alinhada às necessidades dos clientes
Apesar de ainda precisar de mais ajustes e ciclos constantes de inovação, as seguradoras já contam com algumas soluções interessantes que ajudam a reduzir os riscos da onda de calor extremo. Uma das que tem sido utilizada para enfrentar esses desafios é o uso de inteligência artificial e análise de dados para avaliar com maior precisão os riscos climáticos. Plataformas avançadas permitem que seguradoras considerem não apenas o perfil individual do segurado, mas também fatores ambientais e históricos de temperatura, ajustando as coberturas conforme a probabilidade de eventos extremos. Isso possibilita uma distribuição mais equilibrada dos custos e uma precificação mais alinhada às necessidades dos clientes.
Durante ondas de calor intenso, idosos e gestantes podem contar com atendimento remoto da telemedicina
O avanço da telemedicina também se apresenta como uma solução relevante, especialmente para seguradoras de saúde e vida. Durante ondas de calor intenso, idosos e gestantes podem contar com atendimento remoto para evitar deslocamentos desnecessários e receber orientações médicas de forma rápida. Além disso, dispositivos vestíveis, como smartwatches e pulseiras já permitem o monitoramento de sinais vitais em tempo real, auxiliando no diagnóstico precoce de problemas decorrentes do calor extremo, como desidratação e aumento da pressão arterial. Esse campo é tão prolífero que até anéis inteligentes já estão em fase de testes para colaborar com a saúde da população.
IoT para monitoramento e proteção de bens materiais
Outra inovação que vem sendo aplicada ao setor é o uso da Internet das Coisas (IoT) para monitoramento e proteção de bens materiais. Sensores térmicos instalados em aparelhos eletrônicos podem detectar temperaturas anormais e acionar mecanismos de resfriamento ou desligamento automático para evitar danos permanentes. Esse tipo de tecnologia, integrada a seguros para dispositivos eletrônicos, reduz o número de acionamentos e garante maior segurança para os consumidores.
Seguros paramétricos para mitigar impactos financeiros decorrentes das mudanças climáticas
A adoção de seguros paramétricos é outra estratégia que pode ajudar a mitigar impactos financeiros decorrentes das mudanças climáticas. Esse modelo funciona com base em índices predefinidos, como temperaturas acima de um determinado limite por um período prolongado. Caso esses parâmetros sejam atingidos, a indenização é acionada automaticamente, sem a necessidade de longos processos burocráticos. Empresas e trabalhadores que dependem de equipamentos eletrônicos, por exemplo, poderiam contar com essa modalidade para compensar perdas decorrentes de falhas operacionais causadas pelo calor.
A onda de calor que atinge o Rio de Janeiro reforça a necessidade de um planejamento mais estruturado na gestão de riscos
Os impactos do calor extremo demonstram que as seguradoras precisam estar preparadas para enfrentar um contexto no qual eventos climáticos severos se tornam cada vez mais comuns. O setor tem adotado soluções tecnológicas para aprimorar sua capacidade de análise de risco e oferecer produtos mais adaptados às necessidades da população. A incorporação dessas inovações fortalece a relação com os segurados, reduz perdas financeiras e amplia a capacidade de resposta diante de eventos imprevisíveis. No entanto, a onda de calor que atinge o Rio de Janeiro reforça a necessidade de um planejamento mais estruturado na gestão de riscos, tanto para indivíduos quanto para empresas e seguradoras.
Tecnologia e novos modelos de seguro podem ajudar o setor na busca por soluções que minimizem os prejuízos causados por fenômenos extremos
O uso de dados climáticos e inteligência artificial, aliado a novos modelos de seguro mais dinâmicos e eficientes, ajuda o setor a avançar na busca por soluções que minimizem os prejuízos causados por fenômenos extremos. Exatamente por isso, a tecnologia já se tornou fundamental na adaptação dos seguros às novas realidades climáticas, tornando a proteção mais acessível e eficaz. O desenvolvimento de ferramentas que antecipem impactos, aliadas à conscientização sobre os riscos do calor extremo, pode proporcionar maior segurança e bem-estar para a população, além de garantir a sustentabilidade financeira do mercado segurador diante das transformações ambientais em curso.