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mercado segurador brasileiro manteve um ritmo acelerado de expansão em 2024, reforçando seu papel como um dos pilares da economia. Dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelam que a demanda por seguros cresceu 13,2% nos primeiros nove meses do ano, movimentando mais de R$ 324 bilhões. Paralelamente, o setor reforçou sua função social ao desembolsar mais de R$ 181 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, registrando um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados não incluem valores referentes ao setor de Saúde Suplementar.

O segmento de Coberturas de Pessoas, que engloba os Seguros de Pessoas e os planos de Previdência Aberta, foi o principal responsável pelo aumento das indenizações, com R$ 115,5 bilhões, alta de 4,0%. A Confederação também evidencia o avanço nos pagamentos pelos seguros de Danos e Responsabilidades: R$ 46,6 bilhões, um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior.

Coberturas de Pessoas também liderou o aumento da arrecadação, sendo responsáveis por mais de 80% do avanço do setor no período. Com arrecadação superior a R$ 200 bilhões, o segmento cresceu 17,8% em comparação a 2023. Os seguros de Danos e Responsabilidades também cresceram, apresentando alta de 6,6%, totalizando R$ 100,0 bilhões em prêmios. Já os títulos de Capitalização somaram R$ 23,5 bilhões em faturamento, registrando crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior.

Dos ramos que melhor performaram nos nove meses de 2024, a entidade destaca o grupo Patrimonial, composto por produtos que visam proteger propriedades, equipamentos, obras, lucros entre outros, que registrou aumento de 63,6% nas indenizações, impulsionado pelas históricas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. Os títulos de Capitalização, por sua vez, pagaram quase R$ 10 bilhões aos clientes em resgates e sorteios, alta de 10,7% no mesmo período.

Produtos com destaque

Entre os produtos que mais se destacaram ao longo do ano, o Seguro de Vida, carro-chefe do grupo de Seguros de Pessoas, apresentou desempenho recorde. Em setembro, arrecadou R$ 3 bilhões, maior valor nominal da série histórica, um crescimento de 12,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Os pagamentos de indenizações também subiram 12,1%, com mais de R$ 777 milhões desembolsados no período.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, salienta que o Seguro de Vida tem se consolidado como uma solução de relevância econômica e social no Brasil. “Ele oferece proteção financeira às famílias em caso de falecimento da figura provedora, garantindo suporte para despesas imediatas, como contas médicas e funerais, além de assegurar o padrão de vida dos dependentes. Além disso, é uma ferramenta valiosa de planejamento financeiro, permitindo a continuidade de projetos pessoais ou familiares”, explicou.

Para o executivo, a pandemia de Covid-19 e os recentes eventos climáticos extremos intensificaram a percepção da vulnerabilidade e da necessidade de proteção financeira. “Esse cenário, aliado ao aumento da renda disponível e à expansão da classe média, tem incentivado mais brasileiros a incluírem o Seguro de Vida em suas prioridades”.

Até setembro de 2024, o seguro de Vida registrou forte evolução, com crescimento de 14,0% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando mais de R$ 25 bilhões em prêmios, quase metade da arrecadação do grupo de Seguros de Pessoas. Em termos de retorno aos beneficiários, foram pagos cerca de R$ 6,5 bilhões em indenizações, proporcionando apoio financeiro e conforto a inúmeras famílias no momento da perda de um familiar.

Postado em
4/12/2024
 na categoria
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