A

mais recente avaliação sobre o clima, feita pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), apontou que  os impactos do aquecimento global no clima são irreversíveis.

Impactos do desequilíbrio climático no Brasil

Alguns impactos desse desequilíbrio climático já podem ser notados no Brasil:

  • Região Sudeste e parte do Nordeste: chuvas intensas que deixam mortos e desabrigados  
  • Região Sul: secas históricas causam desabastecimento de água em centenas de municípios
  • Região Norte: a bacia amazônica tem enchentes históricas e o processo de savanização da floresta pode aumentar as temperaturas a níveis fatais.
  • Região Centro-Oeste: Cerca de 28% das áreas agricultáveis estão fora do padrão climático ideal para o cultivo de soja e milho por conta do efeito das mudanças climáticas

Custo humano e impacto na economia

O custo humano que o aquecimento global cobra, as alterações no clima também atingem setores econômicos importantes para o desenvolvimento do país. A crise hídrica de 2021, por exemplo, afetou diretamente a geração de energia pela falta de água nos rios que abastecem as principais hidrelétricas do sistema elétrico nacional.

Além disso, eventos climáticos extremos prolongados afetaram as lavouras, o que fez disparar o preço de alimentos como o café e a laranja – dois dos principais produtos de exportação brasileiros.

Riscos “invisíveis”

Apesar de nem sempre aparecer tão claramente para algumas pessoas, o perigo das catástrofes naturais decorrentes das mudanças climáticas é real. Assim como este, há muitos riscos  que podem ser “invisíveis” aos olhos de algumas pessoas e é aí que mora o perigo, sobretudo para as empresas responsáveis por oferecer proteção contra riscos: as seguradoras e insurtechs.

Como precificar um produto de existência desconhecida?

Como as seguradoras e insurtechs podem subscrever riscos que elas nem sabem que existem? Mais que isso: como precificá-los? Eis a questão: é preciso criar mecanismos para que fiquem visíveis aos olhos de quem pode sofrer com as consequências dos riscos e de quem pode protegê-los contra as ameaças.

De que forma?

Para que os riscos desconhecidos se tornem parte da estratégia de negócios é necessário que a subscrição passe a levar em conta as mudanças que estão em constante movimento, usando variáveis ​​tão diversas quanto as de mudanças climáticas, por exemplo. Isso porque o mundo está mudando mais rápido do que é possível para aprender sobre novos riscos e tendências de risco. 

Tecnologias rastreiam qualquer risco

Ao mesmo tempo, há tecnologias capazes de rastrear praticamente qualquer risco com dados, metodologias aprimoradas e IA/ML (Inteligência Artificial/Machine Learning). No recente relatório de liderança de pensamento da Majesco, foram analisadas algumas dessas mudanças no risco e as tecnologias que devem ser empregadas para gerenciar riscos e reduzir custos para que as seguradoras aprendam tão rápido quanto o mundo está mudando. 

Falta de adaptação pode aumentar taxa de sinistralidade

É imprescindível que as seguradoras adotem mecanismos tecnológicos para aprenderem sobre o risco com rapidez suficiente, já que a falta de adaptação efetiva de preços devido a uma subscrição mal feita poderá impactá-las com altas taxas de sinistralidade. As seguradoras e insurtechs precisam entender isso de forma a ajudá-las a adaptar os preços antes que os resultados financeiros causem surpresas indesejadas. 

O que isso quer dizer operacionalmente?

Operacionalmente, isso requer uma combinação de soluções de negócios digitais, incluindo controle de perda digital, bancada de subscrição digital, modelos de IA/ML e a capacidade de ingerir uma variedade de fontes de dados de clientes, incluindo dispositivos não estruturados, de vídeo, geoespaciais, sociais, IoT e muito mais, para criar gerenciamento de risco em tempo real e insights.

Jargão relacionado à proteção

Para exemplificar a urgência que as seguradoras precisam ter para adotar tecnologias que rastreiem novos riscos, é importante fazer uma alusão prática: há algumas frases que, de tão comuns, é raro encontrar uma pessoa que nunca ouviu. Por exemplo, as frases: “Leva o guarda-chuva porque hoje vai chover!” e “Leva o casaco porque mais tarde vai esfriar”. De tão comuns, essas frases já viraram praticamente um jargão relacionado à proteção da maternidade. 

Uso da tecnologia como base preditiva de proteção contra riscos

A questão é que, na maioria das vezes, as mães acertam a previsão porque acompanham a meteorologia para se precaverem e pouparem seus filhos (e a si mesma) dos infortúnios que a aleatoriedade do acaso pode acarretar. Ou seja, elas usam a ciência meteorológica _ que, por sua vez, é amparada pela tecnologia de ponta dos supercomputadores para simular o comportamento futuro da atmosfera _ como base preditiva de proteção contra riscos de infortúnios futuros. 

Evitar perdas decorrentes da falta de conhecimento dos riscos

É dessa forma que devem se comportar as seguradoras e insurtechs em relação à tríade: predição de novos riscos, subscrição e tecnologias disponíveis. É preciso que os players de seguros evitem as perdas decorrentes da falta de conhecimento de algum risco e da aplicação de preços. 

Para tomar decisões, é preciso conhecer os riscos

Para isso, é necessário se comportar tal qual o exemplo das mães em relação aos filhos: diante de riscos imprevisíveis, se amparar no que há de mais inovador na ciência e na tecnologia para conseguir rastrear tendências de riscos e, a partir daí, com os riscos calculados, alcançar as melhores decisões. Adotando esse mesmo modo de agir, as seguradoras e insurtechs poderão desenhar uma subscrição ajustada à tecnologia digital e, ainda, conseguirão obter as melhores estratégias de proteção.

Postado em
30/9/2022
 na categoria
Tecnologia

Mais sobre a categoria

Tecnologia

VER TUDO