ornalista denuncia golpe com uso de IA para manipular sua voz e imagem
A jornalista e apresentadora Sandra Annenberg utilizou suas redes sociais para alertar seus seguidores sobre um golpe envolvendo o uso de inteligência artificial para falsificar sua voz e modificar um vídeo original. A gravação foi alterada de forma a parecer que ela estava promovendo um produto ou serviço fraudulento. Muitos de seus seguidores, confiando em sua longa trajetória e credibilidade, foram enganados pela fraude. A vítima expressou indignação e surpresa, afirmando que tomará todas as medidas legais possíveis para responsabilizar os envolvidos. O caso ilustra o perigo representado por deepfakes, com a IA sendo usada para criar vídeos e áudios que imitam com precisão a voz e os gestos de pessoas reais, especialmente quando essas ferramentas são empregadas para aplicar golpes. Além de prejudicar emocionalmente a vítima, o incidente resultou em perdas financeiras para aqueles que acreditaram no conteúdo enganoso, destacando o impacto que esse tipo de crime pode ter tanto na vítima direta quanto nas pessoas que são enganadas.
Criminosos usam deepfake de diretor financeiro e roubam US$ 25 milhões
Criminosos aplicaram um golpe utilizando deepfake para se passarem pelo diretor financeiro de uma multinacional, resultando no desvio de US$ 25 milhões. A fraude envolveu uma videoconferência com recriações digitais de membros da equipe, enganando um funcionário que acreditava estar falando com colegas reais. Os golpistas conseguiram convencer o empregado a transferir uma grande quantia de dinheiro, fingindo ser o CFO da empresa. O esquema foi descoberto quando o funcionário entrou em contato com a sede da corporação. Este caso é um dos vários que mostram o uso crescente de deepfakes para realizar fraudes financeiras, inclusive em programas de reconhecimento facial, conforme relatado pela polícia de Hong Kong, que já realizou seis prisões relacionadas ao crime.
Mais da metade dos brasileiros não conhecem o termo ”deepfake”
De acordo com uma pesquisa da Kaspersky, 66% dos brasileiros desconhecem o que é deepfake, uma técnica de alteração de voz e expressão facial baseada em IA. Esse desconhecimento aumenta o risco de fraudes, pois muitas pessoas não conseguem identificar quando vídeos são manipulados. O estudo também revelou que esse fenômeno se repete em outros países da América Latina, como Peru e México, onde o desconhecimento sobre o tema é ainda maior. A falta de familiaridade com deepfakes favorece golpes de engenharia social, que utilizam essa tecnologia para manipular a reputação de vítimas e burlar sistemas de segurança biométrica, como o reconhecimento facial. Além disso, já foram relatadas fraudes em plataformas de busca de emprego, onde criminosos criam perfis falsos para roubar dados. Outros estudos indicaram que o uso de deepfakes está em rápida expansão no Brasil, com um crescimento de 830% em um ano, e 70% das empresas já preveem um alto impacto dessas tecnologias em ataques futuros.
A relevância dos seguros contra fraudes digitais
Com o avanço de tecnologias como deepfakes, o número de golpes cibernéticos tem crescido, representando desafios para a segurança digital. Os seguros cibernéticos, antes focados em grandes empresas, estão se expandindo para proteger indivíduos vulneráveis à exposição online. Essas apólices abrangem fraudes financeiras e uso indevido de imagem, oferecendo suporte jurídico e, em alguns casos, compensação financeira. As seguradoras podem ajudar na prevenção, promovendo a conscientização e implementando sistemas de segurança. No entanto, ainda existem lacunas, já que muitas apólices atuais cobrem apenas ataques cibernéticos, mas não fraudes relacionadas a deepfakes, o que reforça a necessidade de atualizar essas políticas para oferecer uma proteção mais abrangente.
Implementação de soluções preventivas é indispensável
A crescente popularização de deepfakes e outras tecnologias de manipulação digital, como demonstrado no golpe contra uma conhecida apresentadora, revela a urgência de aprimorar a proteção digital. Casos como esse, em que a IA é usada para criar falsificações convincentes, expõem tanto personalidades públicas quanto o público em geral a fraudes, com graves impactos financeiros e à reputação. Nesse cenário, os seguros cibernéticos podem ajudar fortemente, oferecendo cobertura contra fraudes e uso indevido de imagem, além de promoverem a conscientização sobre ameaças digitais. No entanto, ainda existem alguns hiatos nas apólices atuais, que precisam ser melhoradas para incluir melhor proteção contra deepfakes. A implementação de soluções preventivas e compensatórias é indispensável para mitigar os danos causados pela manipulação da realidade no mundo digital.