provável que trabalhadores de setores como o de seguros, entre outros, sintam medo ou ameaça diante da introdução de tecnologias como a Inteligência Artificial Agêntica. Esse tipo de reação é comum quando inovações tecnológicas prometem alterar a forma como processos são realizados, especialmente em setores baseados em tarefas repetitivas, análise de dados ou tomada de decisão — áreas em que a IA agêntica pode oferecer automação mais avançada e precisa.
Novas tecnologias são vistas por alguns trabalhadores como um desafio à relevância de suas habilidades no mercado
Um ponto a ser considerado é que o desconhecimento sobre como essas tecnologias funcionam e como podem ser integradas ao ambiente de trabalho tende a amplificar alguns receios. Para muitos trabalhadores, a introdução de sistemas autônomos é vista como uma ameaça à estabilidade do emprego e como um desafio à relevância de suas habilidades no mercado. O primeiro passo para romper essa barreira do medo é conhecer a novidade tecnológica, saber o que ela é, como e para quê ela é aplicada. Isso ajuda a afastar receios sem base de conhecimento.
Mas, afinal, o que é a IA agêntica?
A IA Agêntica é a terceira fase da evolução da inteligência artificial, sucedendo as fases preditiva e generativa. Enquanto a IA preditiva auxiliava na análise de dados para identificar tendências e a IA generativa se destacou na criação de conteúdos e interações mais naturais, a IA Agêntica combina flexibilidade e autonomia. Ela não apenas responde a comandos ou gera conteúdos, mas executa tarefas complexas de forma independente, interagindo com outros agentes e tomando decisões em tempo real com base em dados atualizados. Ou seja, a IA Agêntica pode colaborar com outros sistemas, tomar decisões dentro de limites pré-definidos e realizar tarefas complexas sem a necessidade de monitoramento humano contínuo.
IA Agêntica está avançando para a automação de processos completos e a realização de ações em nome dos usuários
Silvio Savarese, vice-presidente executivo e cientista-chefe da Salesforce AI Research, declarou à Forbes em matéria sobre o assunto que a aplicação da IA Agêntica está avançando para a automação de processos completos e a realização de ações em nome dos usuários. Savarese enfatiza que essa abordagem representa uma evolução importante em comparação com as funcionalidades disponibilizadas pelas tecnologias anteriores de inteligência artificial. Tudo isso a torna uma ferramenta particularmente útil para lidar com processos intrincados, como os encontrados no setor de seguros.
Como essa novidade pode transformar as atividades em Seguros
No setor de seguros, a IA Agêntica pode transformar áreas fundamentais. Desde a análise de riscos e a avaliação de sinistros até o atendimento ao cliente, os sistemas autônomos podem processar grandes volumes de informações, detectar padrões de fraude, calcular prêmios de apólices com maior precisão e oferecer respostas imediatas a clientes. Essas aplicações aumentam a produtividade e melhoram a qualidade dos serviços, tornando-os mais personalizados e eficientes. No entanto, a adoção dessa tecnologia exige requalificação, já que as funções humanas podem evoluir para áreas mais estratégicas, como o desenvolvimento de produtos ou a gestão de dados complexos.
É preciso incluir os profissionais no processo de adaptação para potencializar o trabalho humano
A implementação bem-sucedida dessa tecnologia dependerá de uma abordagem transparente e de esforços claros para incluir os profissionais no processo de adaptação. Treinamentos adequados e comunicação eficaz podem minimizar receios e fortalecer a percepção de que a IA Agêntica é uma ferramenta para potencializar o trabalho humano, e não uma substituição completa. Assim como em outras inovações históricas, a integração cuidadosa e responsável é fundamental para transformar desafios iniciais em oportunidades de crescimento.
Oportunidade para o ramo segurador evoluir em produtividade e inovação
A IA Agêntica apresenta-se como uma oportunidade para o ramo segurador evoluir em produtividade e inovação, oferecendo novas formas de abordar desafios operacionais e estratégicos. Seguradoras e corretores podem utilizá-la para otimizar processos, melhorar a experiência do cliente e criar serviços mais eficientes. No entanto, seu impacto dependerá da capacidade de alinhar a tecnologia às necessidades reais do mercado e de garantir uma implementação que respeite tanto os profissionais quanto os valores do setor.