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nvelhecimento da população brasileira

O Brasil alcançou a marca de 22,1 milhões de pessoas com 65 anos ou mais em 2022 (o número corresponde a 10,9% da população total). Esse grupo apresentou um crescimento de 57,4% em comparação a 2010, quando somava 14,1 milhões (7,4% da população). O número de idosos com 60 anos ou mais atingiu 32,1 milhões, o equivalente a 15,6% da população, representando um aumento de 56% no mesmo período. Enquanto isso, a população de crianças e adolescentes de até 14 anos diminuiu de 24,1% em 2010 para 19,8% em 2022. Essa transformação reflete o processo de envelhecimento demográfico do país, impulsionado pela redução da taxa de natalidade e pelo aumento da expectativa de vida. A idade mediana, que divide a população em duas metades (50% mais jovens e 50% mais velhos), subiu de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022, reforçando o envelhecimento da sociedade. 

75,3 milhões de idosos são estimados para 2070 e mudança revela necessidade de atenção a este grupo etário

Segundo o levantamento do IBGE, estima-se que em 2070, o Brasil terá cerca de 75,3 milhões de idosos (37,8% da população total). A idade média dos brasileiros deve alcançar 48,4 anos nesse período. De acordo com a demógrafa do instituto, após o impacto da pandemia de Covid-19, que reduziu a expectativa de vida de 76,2 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021, o índice voltou a crescer, atingindo 76,4 anos em 2023. Para 2070, espera-se uma média de 83,9 anos, sendo 81,7 anos para homens e 86,1 para mulheres. Tendo isso em vista, é preciso considerar os desafios que o envelhecimento populacional traz para setores como saúde, infraestrutura e seguros. Diante disso, o mercado de seguros enfrenta a necessidade de criar soluções específicas para atender a essa crescente demanda. 

Senado brasileiro debate estratégias e setor de seguros precisa se adaptar

Com o envelhecimento acelerado da população, novas demandas surgem para garantir a qualidade de vida dos idosos. A necessidade de cuidados médicos, acessibilidade e suporte financeiro coloca pressão em serviços públicos e privados. O Senado brasileiro já debate estratégias para enfrentar esse cenário, com foco em políticas que integrem saúde, previdência e bem-estar social. Para o setor de seguros, é indispensável pensar em como adaptar produtos e serviços para atender a uma população que vive mais e exige um atendimento cada vez mais personalizado

Tecnologias de nuvem podem ajudar os corretores a atender mais idosos

Conforme uma matéria do Insurance Newsnet, há uma projeção de que um quarto das populações norte-americana e europeia terá mais de 65 anos até 2050 – quadro que demonstra a tendência de envelhecimento populacional em escala global. Entre os idosos, a diversidade de condições de saúde, situação financeira e estilo de vida torna desafiador oferecer seguros personalizados. Essa complexidade exige que corretores de seguros adaptem produtos às necessidades específicas de cada cliente, e as tecnologias de nuvem promovem otimização neste processo. O portal destaca a GenAI como um exemplo dessa função, uma vez que ela permite que corretores acessem informações em tempo real sobre clientes, assim como portfólios de produtos, vencimentos de apólices e sugestões de renovação ou alternativas personalizadas. Com análises detalhadas, o GenAI facilita a adaptação de produtos e serviços às características de cada cliente, otimizando o atendimento e potencializando vendas. Considerando a especificidade do público idoso, a tecnologia pode ajudar os corretores no direcionamento de informações, aprimorando a interação entre corretores e clientes.

Aplicação das tecnologias de nuvem no setor de seguros

As tecnologias de nuvem oferecem uma infraestrutura eficiente e escalável para lidar com a complexidade das necessidades dos idosos. No setor de seguros, sua aplicação pode ser percebida em várias frentes:

  • Gestão de dados: Plataformas em nuvem possibilitam o armazenamento e a análise de dados em tempo real, facilitando a criação de perfis personalizados de risco e saúde.
  • Atendimento remoto: Ferramentas baseadas em nuvem, como aplicativos móveis, permitem que idosos e familiares acessem informações sobre apólices, façam solicitações e monitorem serviços de forma prática e segura.
  • Integração com IoT (Internet das Coisas): Sensores inteligentes e dispositivos vestíveis conectados à nuvem podem monitorar sinais vitais e condições de saúde, enviando alertas automáticos a seguradoras e profissionais de saúde.

IoT na área da saúde e no cuidado com idosos

A Internet das Coisas (IoT) refere-se a uma rede de dispositivos interconectados que coletam e trocam dados em tempo real, trazendo benefícios importantes para a saúde dos idosos. Tecnologias como wearables (dispositivos vestíveis) e aplicativos de saúde permitem que os segurados monitorem sua condição física, enquanto as seguradoras utilizam essas informações para criar planos de saúde personalizados. Um dos principais benefícios da IoT é a promoção da medicina preventiva. Esses dispositivos monitoram continuamente a saúde dos usuários, identificando padrões e detectando problemas antes que se tornem mais sérios. Essas ferramentas capacitam as seguradoras a antecipar riscos, contribuindo para a redução de hospitalizações e custos e ajustando produtos às necessidades dos idosos, bem como fornecendo apoio em situações de risco, oferecendo maior autonomia a este grupo de segurados. 

As seguradoras podem contribuir para o bem-estar da população idosa

A integração das tecnologias de nuvem no setor de seguros podem atuar como uma das soluções para o desafio do envelhecimento populacional no Brasil. Essas tecnologias podem facilitar o monitoramento da saúde dos idosos e permitir que as seguradoras personalizem seus produtos para atender às necessidades específicas dessa faixa etária, já que com a capacidade de coletar e analisar dados em tempo real, as seguradoras podem antecipar riscos e promover intervenções preventivas. Portanto, investir nessas tecnologias é um compromisso com o futuro e bem-estar dessa população, muitas vezes, esquecida. Assim, ao adotar ferramentas que priorizam o cuidado e a prevenção, as seguradoras podem se adaptar melhor ao quadro de mudança demográfica, tornando o envelhecimento uma etapa da vida mais segura e confortável para os brasileiros.

Postado em
6/1/2025
 na categoria
Tecnologia

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