que tem a ver quem renova anualmente o seguro do seu carro com pessoa ou empresa cujo cadastro foi recusado, diante da documentação enviada à sua corretora de seguros? Simplesmente, tudo!
Quanto mais eficaz um segmento é ao evitar prejuízos, causados a partir de informações insuficientes recebidas, proporcionalmente diminui o rateio deste risco entre todos no mercado.
De saída, este é o benefício esperado por corretoras e companhias de seguros com a possibilidade de aderir a recursos de Inteligência Artificial, como há anos já fazem bancos, fintechs, financeiras e afins.
Além de agilizar processos de análise, a combinação entre Big Data e Machine Learning tem-se demonstrado pródiga em trazer à tona evidências sequer percebidas a olho nu, isto é, pelos métodos mais antigos empregados na checagem de dados, quando se busca exatidão e coerência.
Novamente, ao se tomar o setor financeiro como benchmarking, nota-se que os benefícios trazidos pelo upgrade na adoção de hardware, software e treinamento de recursos humanos - em sintonia com os avanços da IA - promete mais transformações ainda, além da sempre desejável redução de custos, seja no setor de seguros ou em qualquer outro.
Um dos ganhos mais notórios deste cenário é a possibilidade de oferecer ao mercado produtos e condições comerciais sob medida, num mundo em constante transformação como o atual.
Afinal, quem seria capaz de adivinhar que deslocamentos diários rumo aos locais de trabalho passariam a ser mesclados - em alguns casos, totalmente substituídos - pela adoção intensiva do home office a partir da pandemia?
Será que mudanças de hábitos assim já se refletem no perfil e alcance das coberturas e prêmios de seguro envolvendo vida, auto e imóvel, trio preponderante neste novo "normal"?
Fique à vontade, leitor, para imaginar as inúmeras perguntas nesta linha que poderão vir à sua mente, ao imaginar o que a intensificação no uso da Inteligência Artificial poderá trazer a este campo.
Quando isto acontecer, aspectos como expectativa de vida, doenças mais frequentes de acordo com sinais hereditários e da própria profissão de uma pessoa, por exemplo, poderão revelar muito mais sobre ela, em relação ao que hoje fazem aqueles famosos 'sim' e 'não' que recheiam os anexos das propostas preenchidas para se abrir ou renovar uma apólice.