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anorama esperado para 2024

No ano de 2023 houve um salto de visibilidade sobre o papel da inteligência artificial, muito promovido pela ascensão do ChatGPT, lançado no final de 2022. A presença da inteligência artificial desempenha um papel de transformação, desde a automatização de tarefas rotineiras até a gestão inteligente de dados. A implementação da IA representa um esforço para aprimorar a eficiência e a confiabilidade nas operações do dia a dia.

Foco da IA em 2024 será no combate às fraudes

O Property Casualty 360 alega que em 2023 as discussões sobre a abordagem da IA foram mais profundas acerca da implementação e dos recursos tecnológicos promovidos a partir dela. Já para o ano de 2024, embora as empresas continuem buscando adotar a ferramenta em seus produtos e procurando otimizar suas funções, o portal revela que o foco será na transparência de fontes e na precisão de dados, buscando combater fraudes. “As organizações de seguros continuarão avaliando os fluxos de trabalho para aproveitar a IA generativa para melhorias. Simultaneamente, devem permanecer proativos na antecipação de novas regulamentações que defendam o uso ético da IA” – indicou o portal.

IA é a “espinha dorsal”

O Insurance Business teceu reflexões a partir da visão de um especialista em dados acerca da relevância da IA no setor de seguros, indicando que ela seria o cerne no tratamento de informações. “Aproveitando a IA, revolucionamos nossos processos de entrada e gerenciamento de dados. A extração automatizada de dados e as ferramentas de análise orientadas por IA são agora a espinha dorsal do nosso processamento de informações, permitindo-nos gerenciar dados com velocidade e precisão sem precedentes”, disse o chefe de dados, Nishad Lad.

A IA generativa em seguros

Durante uma conversa no ITC DIA Europe em Barcelona sobre os desenvolvimentos e o impacto da IA ​​generativa, David Sütterle, Diretor Digital e de Inovação Global, apontou: “Do ponto de vista do resseguro, a principal fonte para nós é trabalhar com as fontes de dados subjacentes e garantir que encontramos os casos de uso. Em termos de casos de uso, do ponto de vista da eficiência e da precisão, pense em um avaliador de sinistros. O avaliador de sinistros provavelmente pode lidar com dois ou três arquivos de sinistros por dia. Mas se você tiver IA apoiando o avaliador de sinistros em termos de leitura dos dados não estruturados, orientando-o para onde deve olhar do ponto de vista da avaliação de risco, você pode fazer uma espécie de triagem. Faz muita diferença em termos de descobrir quais são os grandes casos.” 

Atividade humana é indispensável para entender as limitações na utilização de dados

Em contraponto argumentativo à própria fala, o executivo alertou que não se deve confiar completamente nos modelos que já existem e que a atividade humana é indispensável para entender as limitações na utilização de dados. Na ITC DIA Europe em Munique, Pranay Jain, cofundador e CEO, apresentou uma demonstração dinâmica da plataforma GenAI do Enterprise Bot, com foco na melhoria das experiências dos clientes e dos funcionários. Ele apresentou as soluções do Enterprise Bot em voz, e-mail, chatbots e assistência ao agente, dando-lhes vida em cenários em tempo real.

É preciso ter responsabilidade na utilização

A implementação da inteligência artificial na indústria de seguros traz consigo benefícios significativos, mas também apresenta alguns desafios e riscos, além das preocupações com a privacidade e segurança dos dados. Em relação a isso, é importante que haja consciência dos profissionais que operam no setor de seguros quanto ao uso apropriado das ferramentas. Em conversa com o canal da ENS, Danilo Silva, corretor de seguros e produtor de conteúdo nas redes sociais sobre o assunto, falou da importância do corretor em obter conhecimentos profundos enquanto profissionais do segmento de seguros. Ele comentou acerca da IA no setor e revelou a importância de checar informações antes de disseminá-las, alertando para o uso consciente do recurso da IA generativa. Diversas empresas no Brasil já adotaram as funcionalidades da inteligência artificial nos seus produtos e puderam ver os benefícios promovidos a partir dela na experiência com os clientes, porém é preciso encarar a ferramenta com responsabilidade. Julian Hucks, fundador e diretor administrativo, conversou com a Insurtech Digital sobre a postura das seguradoras frente às possibilidades da IA, e revelou que a chave está na integração da tecnologia para melhorar as experiências do cliente, preservando ao mesmo tempo o elemento humano da empatia. 

O olhar humano é o ajuste necessário para promover melhorias

O executivo também pontuou que através da visão humana, junto ao uso dos recursos tecnológicos, pode fornecer respostas com base na sua extensa formação e experiência, reduzindo a probabilidade de a IA disseminar informações imprecisas ou enganosas sobre apólices de seguro. Dito isso, é válido considerar que enquanto a inteligência artificial promete transformar e otimizar significativamente a indústria de seguros, é preciso reconhecer que o olhar humano continua a ser o ajuste necessário para promover melhorias éticas e efetivas. Os riscos associados à implementação da IA, desde o viés algorítmico até as preocupações com a privacidade e segurança dos dados, destacam a importância da supervisão humana para garantir decisões justas e transparentes. A colaboração entre a tecnologia e o discernimento humano é essencial para mitigar os desafios identificados e explorar plenamente o potencial da IA, assegurando que seus benefícios se traduzam em avanços responsáveis na indústria de seguros.

Postado em
24/1/2024
 na categoria
Tecnologia

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