specialistas mostram confiança no potencial do Big Data
Quando as seguradoras utilizam os vastos repositórios de Big Data disponíveis e os integram com tecnologias de aprendizado de máquina e inteligência artificial, elas são capazes de criar novas apólices que podem atrair diferentes perfis de clientes. Em uma análise realizada pela Beinsure Media, especialistas compartilharam suas percepções sobre o uso de Big Data no setor de seguros. Muitas companhias ainda fazem uso limitado dos dados disponíveis, concentrando-se principalmente em informações demográficas de indivíduos acima dos 40 anos. Esse enfoque restrito dificulta a definição precisa de preços das apólices, levando a perdas significativas de oportunidades de lucro. "A aplicação do Big Data permite que as seguradoras expandam o acesso aos seus serviços em até 30%, reduzam custos entre 40% e 70%, e melhorem em 60% a identificação de fraudes, beneficiando tanto os consumidores quanto as empresas do setor” – comentou um especialista.
O poder do Big Data para o seguro e para os corretores
A coleta de grandes volumes de dados de fontes variadas, como mídias sociais, dispositivos IoT e comportamentos de clientes, permite às seguradoras criarem estratégias mais precisas para precificação e gestão de riscos. Com o aumento do uso de plataformas online pelos consumidores para comparar produtos e preços, o volume de dados disponíveis cresceu exponencialmente. Além disso, conforme uma matéria do Insurance Business, hoje, tecnologias avançadas de análise permitem que corretores utilizem esses dados de maneiras antes inimagináveis. No entanto, muitos profissionais enfrentam desafios internos para se tornarem orientados por dados e hesitam em atualizar suas capacidades analíticas, aguardando que oportunidades mais claras de negócios apareçam. Quanto a isso, Michael Ferber, chefe da divisão de pequenas empresas da Victor Insurance, ressaltou que as seguradoras precisam identificar suas áreas mais bem-sucedidas e evitar gastar tempo com leads improdutivos. Focando nos segmentos onde se destacam, os corretores podem adotar uma abordagem mais consultiva e colaborativa, gerando melhores resultados para a seguradora e para os clientes. Ferber também enfatizou a importância do uso de dados para garantir que os segurados obtenham a cobertura adequada às suas necessidades.
Benefícios da análise preditiva
A análise preditiva ajuda a prever tendências, calcular riscos de sinistros e oferecer apólices personalizadas com base no perfil de cada cliente. Ela também auxilia na detecção de fraudes, reduzindo riscos financeiros e operacionais, aumentando a eficiência e diminuindo prejuízos. Ainda segundo a matéria do portal Insurance Business, essa análise melhora a confiança na tomada de decisões, eliminando incertezas ao prever sinistros e calcular prêmios mais adequados. Conforme os especialistas, a capacidade de prever comportamentos permite que as seguradoras sejam proativas, oferecendo soluções antes mesmo que os clientes percebam a necessidade, promovendo uma relação de confiança e satisfação.
Uso de Big Data pelos corretores é necessário para adaptação à nova realidade de consumo
Nesse contexto, o uso de Big Data pelos corretores de seguros vai além de ser uma ferramenta auxiliar — trata-se de uma abordagem essencial para adaptar-se à nova realidade de consumo. Esse tipo de personalização, que antes era um diferencial, agora se tornou uma expectativa comum entre os clientes. Para os corretores, essa mudança exige uma nova forma de atuar, focada na eliminação de processos burocráticos e na entrega de soluções que otimizem a experiência do cliente. De acordo com uma pesquisa da Gartner, essa transformação digital, impulsionada principalmente pela busca por operações mais ágeis e simplificadas, é o que guiará o setor nos próximos anos.
Expansão da carteira de clientes e identificação de novas formas de atuação no mercado
Outro ponto relevante é a forma como o Big Data oferece oportunidades para os corretores otimizarem suas operações internas. A digitalização de processos rotineiros, como o gerenciamento de apólices e a atualização de informações de clientes, permite que os profissionais liberem tempo valioso que antes era dedicado a atividades repetitivas e de baixo valor agregado. Esse ganho de eficiência dá aos corretores a chance de focar em aspectos mais estratégicos do negócio, como a expansão de sua carteira de clientes e a identificação de novas formas de atuação no mercado. A consequência direta é um aumento na produtividade sem que a qualidade do atendimento ao cliente seja prejudicada.
Desafios quanto à proteção dos dados
Apesar de todos os benefícios, o uso de Big Data na indústria de seguros traz seus desafios. A proteção e a privacidade de dados são questões sensíveis, uma vez que os clientes confiam informações pessoais valiosas às seguradoras. Assim, é necessário que as empresas invistam fortemente em segurança cibernética e em tecnologias de criptografia para garantir que os dados coletados estejam protegidos contra ataques ou acessos indevidos. Outro ponto que merece atenção é a regulamentação. À medida que as seguradoras integram o Big Data em suas operações, elas também precisam se adequar às leis de proteção de dados.
Big Data contribui para para o sucesso de toda a cadeia de seguros
Apesar dos desafios (que podem ser contornados), a incorporação do Big Data no dia a dia dos corretores de seguros é, sem dúvida, uma mudança necessária para enfrentar os desafios do mercado atual. Ao integrar essa tecnologia em suas operações, os corretores conseguem oferecer um serviço mais personalizado e eficiente, o que melhora a experiência do cliente e fortalece a posição das seguradoras no mercado. O uso inteligente de dados permite identificar oportunidades de negócio de forma mais eficaz, reduzir custos e minimizar riscos, fatores que contribuem para o sucesso de toda a cadeia de seguros. Assim, em um setor onde a demanda por soluções rápidas e eficientes só cresce, a adoção de tecnologias como o Big Data torna-se fundamental para manter a competitividade e garantir que os corretores permaneçam relevantes no longo prazo.