reocupações no setor de seguros para 2024
De acordo com estudos, uma das principais preocupações no setor de seguros para o ano de 2024 é a segurança cibernética. Os perigos associados à IA e ao gerenciamento de informações estão delineados, pela primeira vez, como desafios significativos na sociedade, indicando uma conscientização maior entre profissionais e a população em geral acerca dos riscos e dificuldades potenciais que essas tecnologias apresentam.
Tecnologias avançadas estão ganhando espaço na sociedade
Uma pesquisa na qual mais de 3.000 especialistas e quase 20.000 membros do público de 15 países diferentes foram entrevistados, levantou temas como alterações climáticas, riscos de cibersegurança e a segurança energética estiveram presentes entre as ameaças mais citadas tanto pelos especialistas como pelas pessoas comuns. “O desenvolvimento mostra como as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a aprendizagem automática, estão ganhando destaque na sociedade, muitas vezes mais rapidamente do que os governos e reguladores estão preparados” – refletiu uma matéria do Insurtech Digital.
Cenário de violações no mundo e no Brasil
Recentemente, uma crescente onda de ataques cibernéticos afetou uma das maiores empresas americanas de seguros de títulos, que precisou desativar o seu setor de TI na tentativa de preservar a segurança. Além deste, diversos outros ataques cibernéticos têm impactado empresas ao redor do mundo, continuando cada vez mais frequentes. Conforme o relatório do Orange Cyberdefense, nos 3 primeiros semestres de 2023 houve um registro de aumento de ciberataques em de 33%, comparando com ano de 2022. Estados Unidos, Reino Unido e Canadá foram os países que mais sofreram com ações de hackers.
Já na América Latina, o Brasil ocupa a segunda posição entres os países mais afetados por crimes cibernéticos. Dados da empresa de segurança Fortinet apontaram que apenas em 2022 houveram aproximadamente 103,1 bilhões de tentativas de violações.
Regulamentação eficaz pode frear a velocidade de ataques
Além da questão climática e dos ataques cibernéticos, a conformidade regulatória está entre as maiores preocupações das empresas em 2024, segundo a Amp Corporate Communications. Em um novo estudo, o especialista em dados destacou os cinco principais riscos reputacionais para empresas financeiras e de seguros. A maior preocupação para as empresas era a regulamentação, com 48% preocupados com as consequências do não cumprimento. A necessidade de regulamentação no setor de seguros em relação aos riscos cibernéticos surge da complexidade e da rápida evolução do ambiente digital. Muitas seguradoras estão se esforçando para desenvolver políticas de seguro cibernético abrangentes que abordem adequadamente os riscos emergentes. No entanto, a falta de padronização nas políticas e nas práticas de subscrição pode levar a inconsistências na cobertura e dificultar a compreensão por parte dos segurados.
Incidentes de malware, ransomware e phishing são os mais esperados para 2024
No mesmo estudo citado acima, os incidentes de malware, ransomware e phishing foram citados pelas empresas como os mais esperados para 2024. Essas mesmas empresas também citaram preocupações sobre questões de serviço, como interrupções do sistema, reclamações de clientes e erros de funcionários. Contudo, apenas 36% das empresas disseram que as violações de dados que levam ao comprometimento de informações pessoais dos clientes eram uma preocupação. A pesquisa também concluiu que as empresas podem não estar totalmente preparadas para lidar com tais riscos. “Por exemplo, os números mostram que menos de um terço das empresas do Reino Unido (29%) têm um plano de comunicação de crise, apenas 25% têm porta-vozes com formação em meios de comunicação social e apenas um quinto das empresas (20%) têm processos de comunicação eficazes implementados para partilhar informações com partes interessadas” – explicou o Insurance Times.
O Seguro Cyber é a saída para o quadro atual
Diante do cenário de despreparo em relação às regulamentações, a falta de parâmetros pode resultar em desafios tanto para as seguradoras quanto para os segurados. Assim, a ação do seguro cibernético entra em jogo como uma medida protetiva. O seguro cibernético serve como uma rede de segurança financeira, que pode auxiliar as companhias no ressarcimento após um ataque. Além de promover práticas de segurança robustas por meio de incentivos financeiros, ao analisar incidentes passados, as seguradoras podem oferecer uma visão valiosa para fortalecer áreas vulneráveis, contribuindo para a prevenção de futuros ataques. Assim, através do seguro cibernético é possível que organizações e empresas estejam resguardadas em momentos de crise.
A redução na incidência de ataques depende de uma postura mais afirmativa do setor
O aumento dos riscos cibernéticos tem elevado a procura por soluções em segurança e privacidade, evidenciando a urgência de uma regulamentação eficaz no setor. Esta necessidade torna-se ainda mais premente à medida que a evolução tecnológica supera a capacidade regulatória atual, criando desafios adicionais tanto para seguradoras quanto para clientes. Por conta disso, a uniformização nas práticas de avaliação de riscos e na subscrição de seguros são fundamentais para estabelecer padrões confiáveis e assegurar: transparência, compreensão dos consumidores e estabilidade no mercado. Regulamentações bem delineadas, especificamente voltadas para o seguro cibernético, são fundamentais para a implementação de salvaguardas efetivas. Ao enfrentar o desafio do risco cibernético com medidas regulatórias apropriadas, o segmento de seguros pode desempenhar um papel mais afirmativo na mitigação dos impactos potenciais desses eventos, assegurando assim uma proteção robusta aos segurados e garantindo a estabilidade do negócio.