Insurtalks foi cobrir a 7ª edição do Smart Summit, maior feira de investimentos do Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 25 e 26 deste mês na Expo MAG. O evento, apresentado pela InvestSmart XP, tem foco em investimentos e oportunidades de negócios. Dentro desse espectro, eles apresentaram painéis com assuntos relacionados ao universo segurador. Na quinta-feira (25), Bruno Hora, Sócio-fundador e diretor de Expansão da InvestSmart mediou o painel “A Quarta Revolução Industrial: como aproveitar a inadiável presença da Tecnologia e da Inovação no mercado financeiro e de trabalho” que contou com a participação de: Thiago Maffra – CEO da XP, Rafael Cló – CEO da Azos, e Gil Giardeli – especialista em inovação e economia digital e apresentador do programa “O Imponderável”.
Experiências e conhecimentos sobre finanças, tecnologia e, claro, seguros foram compartilhados com os presentes e a Insurtalks separou alguns insights deste painel. Confira abaixo:
Integração da IA aos processos de Seguros
Rafael Cló falou da importância de pensar em como é possível integrar a IA aos processos de seguros, seja construindo dentro da própria empresa, seja trabalhando com empresas de SaaS que oferecem soluções interessantes para automatizar mais coisas dentro da companhia. “Pensando em processos de atendimento, em processo de gestão de antifraude, coisas que são padronizadas e repetitivas, podemos integrar uma IA dentro desse processo. A IA vai aprender com isso e, eventualmente, vai fazer com que não precise aumentar o time na velocidade com que a empresa está se expandindo.”
“Se meu time de Marketing não está usando o ChatGPT, tem alguma coisa errada”
Em relação à forma como a IA impacta a Azos, o CEO da empresa afirma que uma delas é usar as ferramentas de IA que já foram criadas e alavancar internamente o uso para ganho de produtividade. “Se meu time de Marketing não está usando o ChatGPT, tem alguma coisa errada”, disse Cló.
Ter as melhores pessoas é o que muda o jogo em uma empresa
Falando sobre as prioridades da XP, Thiago Maffra enaltece o talento, profissionalismo e qualidade dos profissionais explicando que é isso que faz a diferença em uma companhia. “Na XP, são 21 mil pessoas ligadas, direta ou indiretamente à companhia e, se perguntar, todas elas vão saber responder as duas maiores prioridades na empresa: gente e qualidade. O que muda o jogo é ter as melhores pessoas. Quando falo de qualidade, me refiro à foco no cliente, nível de serviço, e por aí vai.”
As profissões do futuro
Falando sobre quais serão as profissões do futuro, Maffra diz que isso não vai depender, necessariamente, de quais serão as melhores profissões, mas de quais serão os melhores profissionais.
“Quando olhamos para profissões do futuro, olhamos muito para o potencial. Temos feito um trabalho de medir o potencial das pessoas na empresa. O principal fator para determinar se uma pessoa tem potencial não é o Q.I., é a curiosidade. Se a pessoa é curiosa, se tem interesse em aprender, se é mente aberta, se escuta, se vai atrás e estuda, ela se desenvolve e se reinventa.
“A questão é qual vai ser nossa habilidade de mudar. Acho que esse é o grande ponto sobre a profissão do futuro”
Ainda falando sobre as profissões do futuro, O CEO da XP diz ter certeza que o modelo de negócio daqui a dez anos não será o mesmo. Ele disse que não tem como saber para que lado nem de que forma, mas sabe que o modelo de negócios passará por forte transformação. “A questão é qual vai ser nossa habilidade de mudar. Acho que esse é o grande ponto sobre a profissão do futuro”, finaliza ele.
“Nosso desafio é como compartilhar esse futuro que já chegou, mas está mal distribuído”
Gil Giardeli explica que é preciso trazer o debate sobre IA e inovações tecnológicas para mais pessoas no mundo, já que todos serão afetados, de alguma maneira, pela ascensão da tecnologia e precisará estar informado para aprender a lidar com a nova realidade. “Só 4% da população, no mundo inteiro, está realmente tendo acesso ao que estamos discutindo aqui no palco”, disse ele. Giardeli acrescenta que a primeira fábrica de humanóides do mundo vai fabricar dez mil robôs humanóides,anualmente, para trabalhar em uma indústria de 1 bilhão de robôs nos próximos 3 anos e levanta a importante reflexão: “Estamos vivendo tudo o que foi pensado em filmes ou livros de ficção científica. Está acontecendo agora. Nosso desafio é como compartilhar esse futuro que já chegou, mas está mal distribuído.”