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nvestimento milionário reaquece mercado de patinetes em são paulo

Empresas têm reconhecido o potencial do mercado de micromobilidade e estão apostando em produtos que atendam à crescente demanda. Recentemente, a startup russa Whoosh, investiu R$ 50 milhões para relançar patinetes elétricos em São Paulo, desta vez sob regulamentação e credenciamento da prefeitura, garantindo maior organização e segurança. Ao contrário das tentativas anteriores, marcadas por desordem e falhas operacionais que levaram empresas como Lime e Grow à falência, a Whoosh promete uma abordagem estruturada. Os patinetes terão geolocalização, balanças para limitar o uso individual e 470 pontos de estacionamento designados, atendendo às regras do Contran e aos requisitos locais. Para Francisco Forbes, CEO da Whoosh no Brasil, o cenário atual, com regulamentação consolidada, oferece oportunidades para expansão tanto em São Paulo quanto em outras capitais. Além disso, o avanço do setor de micromobilidade reforça a demanda por seguros específicos, cobrindo acidentes, roubos e danos a terceiros, consolidando a sustentabilidade e o crescimento desse segmento no país.

Patinetes e bicicletas impactam mobilidade em Florianópolis

Em Florianópolis, bicicletas e patinetes elétricos ocupam cada vez mais espaço nas ruas por oferecerem uma alternativa ágil ao transporte público e aos automóveis, especialmente em horários de pico, facilitando deslocamentos mais rápidos e reduzindo congestionamentos na região central da cidade. De um lado, há quem valorize a praticidade e a contribuição desses modais para uma mobilidade mais sustentável; do outro, surgem preocupações sobre a segurança e o impacto no ambiente urbano. Apesar disso, o superintendente de mobilidade de Florianópolis, Valci Brasil, avalia positivamente os serviços, destacando o plano da prefeitura de ampliar a oferta para 500 bicicletas elétricas nos próximos meses. Segundo ele, a diversificação dos meios de transporte é essencial para reduzir a dependência do carro particular. No entanto, críticas apontam problemas relacionados à segurança, especialmente no uso de patinetes, o que levou o Ministério Público de Santa Catarina (PMSC) a abrir uma investigação para apurar acidentes e exigir maior fiscalização por parte da Whoosh e da prefeitura. A expansão de veículos elétricos e o cenário da nova mobilidade reforça o compromisso em buscar alternativas mais eficientes que garantam a segurança, a regulamentação e o uso responsável.

O Crescimento da micromobilidade urbana nos EUA e os acidentes com as baterias de lítio

O aumento na utilização de bicicletas e patinetes elétricos trouxe desafios consideráveis, como o crescimento de acidentes e explosões de baterias, responsáveis por mais de 100 incêndios em Nova York apenas no primeiro semestre de 2023. Entre 2019 e 2022, as vendas de bicicletas e patinetes elétricos triplicaram, passando de 290 mil para mais de 1 milhão de unidades, refletindo a rápida popularização da micromobilidade. Contudo, o aumento no número de veículos de duas rodas nas ruas também resultou em uma maior incidência de problemas de segurança. Entre 2021 e 2023, Nova York registrou 23 mortes e dezenas de incêndios relacionados a explosões de baterias de lítio, que também são usadas em dispositivos como celulares. 

Riscos das baterias de íons de lítio

Embora eficientes e com grande capacidade de armazenamento, as baterias de íons de lítio apresentam riscos devido à sua química interna volátil. Quando expostas a danos ou temperaturas extremas, podem causar curtos-circuitos que levam a incêndios ou explosões. Casos envolvendo smartphones, laptops e veículos elétricos em chamas têm ganhado destaque, aumentando as preocupações de consumidores e fabricantes. Diante da crescente dependência tecnológica, esses incidentes destacam a urgência de medidas mais rígidas para garantir a segurança dos dispositivos. Garantir a segurança dos usuários é essencial para sustentar o crescimento desse modelo de mobilidade, que já se consolidou como uma alternativa indispensável no cenário urbano atual.

Lei de trânsito estabelece mudanças para a circulação de veículos elétricos pequenos

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de 2023 buscou trazer maior clareza à regulamentação de bicicletas elétricas, patinetes, pequenas motos e outros equipamentos de mobilidade individual. A medida teve como intuito redefinir categorias, como ciclomotores, que agora incluem motos com velocidade entre 32 km/h e 50 km/h. Esses veículos exigem emplacamento e habilitação (A ou ACC), com um prazo de dois anos para registro no Detran. Além disso, o uso de capacete já é obrigatório. O objetivo é tornar o trânsito mais seguro e reduzir os altos índices de mortes e lesões envolvendo condutores de veículos de duas rodas, um dos maiores desafios do Brasil, que ainda figura entre os países com maior número de fatalidades no trânsito. Como destacou Adrualdo Catão, secretário nacional de Trânsito, cuidar dos condutores mais vulneráveis é essencial para alcançar as metas de redução de acidentes e humanizar a mobilidade urbana.

Necessidade de flexibilização nos produtos de seguro

A alta demanda por motoristas de aplicativos e entregadores autônomos já indicava transformações no comportamento dos consumidores em relação aos seguros. Agora, a popularização de bicicletas e patinetes elétricos reforça a necessidade de produtos mais flexíveis e acessíveis, alinhados ao uso desses veículos. Até outubro de 2024, as vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil alcançaram quase 140 mil unidades, superando em 8% o total comercializado na última década. Diferentes de veículos tradicionais, veículos elétricos como os carros, patinetes e bicicletas possuem tecnologia específica, além de baterias e sistemas de propulsão elétrica, que exigem uma revisão nas avaliações de risco e nas coberturas oferecidas pelos seguros. A nova regulamentação de trânsito para bicicletas e patinetes elétricos reforça a necessidade de soluções inovadoras. Esse cenário cria oportunidades para as seguradoras desenvolverem produtos específicos, que promovam não apenas proteção financeira, mas também um trânsito mais seguro e consciente. Essa adaptação não só torna os seguros mais acessíveis, mas também contribui para um trânsito mais responsável e alinhado às demandas da mobilidade moderna.

Seguros como aliados da nova mobilidade

O aumento da utilização de bicicletas e patinetes elétricos transforma a maneira como as pessoas se locomovem, ao mesmo tempo que traz novos desafios e oportunidades para o setor de seguros. Com a crescente demanda por produtos que sejam flexíveis e adequados ao uso ocasional desses veículos, as seguradoras têm a oportunidade de inovar, desenvolvendo coberturas específicas que atendam às necessidades dos usuários. É importante considerar os riscos associados a esses meios de transporte, que incluem não só os perigos relacionados aos seus componentes elétricos, como as baterias de lítio, mas o impacto que têm no trânsito e na segurança dos usuários. Portanto, essa adaptação vai além de uma simples questão comercial, trata-se de uma responsabilidade social. Para promover uma mobilidade urbana mais segura e consciente, é preciso oferecer um suporte adequado. O foco na segurança dos condutores e a criação de um ambiente favorável a uma mobilidade diversificada é primordial.

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