e acordo com matéria publicada no Valor Econômico, as insurtechs, que são startups voltadas para a inovação no setor de seguros, estão novamente atraindo investimentos no Brasil. Após um período de dificuldades no ano passado, que resultou em redução de recursos e cortes de pessoal de cerca de 50%, essas empresas receberam aproximadamente US$ 50 milhões em investimentos até setembro de 2023, de acordo com dados da plataforma de inovação Distrito. Esse valor é significativamente superior ao total investido no ano anterior.
As perspectivas para o último trimestre deste ano são ainda mais otimistas, com a possibilidade de o mercado de insurtechs atingir o dobro do tamanho de 2022, conforme previsto por Gustavo Gierun, sócio-fundador do Distrito. No entanto, ele destaca que esse crescimento atual é mais uma recuperação em relação ao período pré-boom de 2021 do que um crescimento orgânico e sustentável.
Gierun observa que, embora haja capital disponível, os fundos de investimento estão sendo mais seletivos e aguardando melhores oportunidades de investimento. Apesar disso, algumas insurtechs têm se destacado por meio de parcerias estratégicas. A Easy2Life, por exemplo, se associou à indiana C2L BIZ para digitalizar a venda e distribuição de seguros, oferecendo integração direta com seguradoras e customização de seguros em tempo recorde.
Outras insurtechs, como a Kakau, concentraram seus esforços em nichos específicos, como seguros para bicicletas e smartphones, incorporando tecnologia de inteligência artificial e reconhecimento facial para automatizar o processo de sinistros e agilizar a indenização. A expansão dessas empresas tem sido notável, mesmo em meio a desafios econômicos.
Além disso, algumas insurtechs, como a IZA e a 180º Seguros, estão oferecendo seguros personalizados e intermitentes, atendendo a públicos que tradicionalmente não tinham acesso a seguros devido aos altos custos. A IZA, por exemplo, lançou um produto de acidentes pessoais com reembolso rápido de despesas médicas, direcionado a entregadores, taxistas e caminhoneiros, e efetua os pagamentos diretamente a médicos e hospitais via Pix.
Em resumo, as insurtechs no Brasil estão novamente atraindo investimentos após um período de dificuldades, com várias empresas inovadoras encontrando maneiras criativas de atender às necessidades do mercado de seguros e alcançar públicos anteriormente não atendidos.