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peração policial prende pessoas acusadas de fornecerem anabolizantes ilegais

Produtos clandestinos podem causar sérios problemas à saúde, como complicações cardíacas, hepáticas e renais. Uma operação policial no Rio de Janeiro desvendou um esquema de venda de anabolizantes ilegais que continha substâncias nocivas, como repelentes de insetos. Denominada Operação Kairós, a ação resultou na prisão de 15 pessoas e no cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão no RJ e no DF. Segundo investigações, o grupo movimentou R$80 milhões em seis meses, promovendo os produtos por meio de plataformas online e redes sociais, além de parcerias com influenciadores, que recebiam até R$10 mil pela divulgação. A quadrilha patrocinava grandes eventos de fisiculturismo para alavancar vendas e distribuía mercadorias para quase todo o Brasil, utilizando áreas controladas pelo tráfico para dificultar investigações. O caso, apontado como um dos maiores esquemas de revenda de anabolizantes clandestinos do país, evidencia a urgência de medidas preventivas, regulamentação e conscientização para proteger a saúde pública e mitigar os impactos no setor de seguros.

Perigos da fraude alimentar

As práticas de fraude envolvendo alimentos produzem adulteração de ingredientes e rotulagem enganosa. Uma matéria do portal O Antagonista revelou que produtos orgânicos são os mais afetados, e a manipulação de alimentos é um problema global que continua crescendo. A FDA (Food and Drug Administration) estima que 1% dos alimentos produzidos mundialmente sofrem algum tipo de fraude, gerando prejuízos financeiros de aproximadamente US$40 bilhões anuais. Entre os alimentos mais frequentemente adulterados estão leite de vaca, azeite de oliva, mel, carne bovina e especiarias como cúrcuma e pimenta em pó. O leite lidera a lista, frequentemente adulterado para aumentar volume e valor, enquanto o azeite extravirgem muitas vezes é misturado com óleos de qualidade inferior.

Fraudes Alimentícias no brasil: principais produtos e métodos

Fraudes no setor alimentício no Brasil tem causado preocupações, com métodos que vão desde a diluição de sucos com água até a mistura de farinhas diferentes, sem informar corretamente o consumidor. Um levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgado pelo Globo Rural, revelou os produtos de origem vegetal mais frequentemente adulterados em 2024 no país. O azeite de oliva lidera as fraudes, com práticas que incluem a substituição de sua composição original por outros óleos, corantes e aditivos. Na “Operação Getsêmani”, em março, o Ministério da Agricultura desarticulou um esquema de importação e comercialização ilegal de azeite adulterado, abrangendo estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em outra ação, em abril, 20,4 mil litros de azeite falsificado foram interceptados e devolvidos à Argentina, seu país de origem. Além do azeite, produtos como café, farinha de mandioca e feijão também são alvo de adulterações. O café, por exemplo, pode ser misturado com grãos de qualidade inferior ou impróprios para consumo, enquanto a farinha de mandioca é frequentemente alterada pela adição de outros tipos de farinhas. No caso do vinho, é comum a adição de açúcares, enquanto sucos naturais são diluídos com água, comprometendo sua pureza e qualidade.

Abenutri alerta consumidores sobre creatinas no mercado

Ainda dentro do universo fitness e do fisiculturismo, segmento que exige qualidade e segurança nos produtos consumidos, um estudo conduzido pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) apontou preocupações alarmantes sobre a qualidade de suplementos vendidos no Brasil. De acordo com o relatório, entre as 66 marcas de creatina analisadas, 25 foram reprovadas devido à inconsistência na quantidade do composto declarado nos rótulos. Ou seja, os produtos não apresentavam a concentração prometida, colocando em xeque a transparência e a eficácia desses suplementos. As marcas, além de colocarem sua credibilidade em xeque, também podem comprometer a saúde e os resultados esperados pelos consumidores, especialmente para atletas que dependem de suplementação adequada para alcançar seus objetivos. Essa situação reforça a importância da união entre órgãos reguladores, associações do setor e empresas para garantir a qualidade e segurança dos produtos disponíveis no mercado, promovendo uma cultura de confiança e bem-estar no universo fitness.

Uma responsabilidade compartilhada

Garantir o acesso a alimentos seguros em quantidade suficiente é fundamental para preservar vidas e promover a saúde. No entanto, doenças transmitidas por alimentos, causadas por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas, representam uma grave ameaça global. De acordo com as Nações Unidas, estima-se que, anualmente, 600 milhões de pessoas sejam afetadas por essas doenças, resultando em 420 mil mortes, das quais 125 mil são de crianças menores de 5 anos. A segurança alimentar abrange todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção até o consumo, e é essencial para proteger a saúde pública, fortalecer economias e promover o desenvolvimento sustentável. Para conscientizar e inspirar ações globais, o Dia Mundial da Segurança Alimentar, celebrado em 7 de junho, é uma oportunidade para prevenir e gerenciar os riscos alimentares. Liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o evento mobiliza governos, empresas, organizações e o público em geral para agir. Sob o lema “Segurança alimentar, assunto de todos”, a campanha incentiva práticas como o cumprimento de padrões globais, a criação de sistemas regulatórios eficazes, o acesso à água limpa, boas práticas agrícolas e a capacitação dos consumidores para escolhas alimentares saudáveis.

Como identificar produtos irregulares 

Produtos irregulares são aqueles que não atendem às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na prática, isso significa que o consumo ou uso de itens irregulares pode resultar em danos à saúde ou até mesmo em complicações severas. A lista de produtos considerados irregulares é ampla e inclui itens sem registro ou notificação junto à Anvisa, falsificados, contrabandeados, roubados, com propagandas enganosas ou inadequadas, além de produtos que apresentem desvios de qualidade durante a fabricação. Um desvio de qualidade ocorre quando um produto não atende aos critérios estabelecidos no seu registro, como mudanças na cor, odor, sabor, volume ou a presença de corpos estranhos, especialmente em medicamentos.

O papel do seguro na conscientização e proteção

O setor de seguros pode auxiliar no enfrentamento dos riscos associados ao consumo de produtos irregulares. Seguros de saúde e de vida, por exemplo, podem oferecer suporte financeiro para tratamentos médicos decorrentes de danos causados por esses produtos. Além disso, as seguradoras têm um papel importante na educação e conscientização dos consumidores. Por meio de campanhas educativas e programas de prevenção, as seguradoras podem informar a população sobre a importância de verificar a regularidade dos produtos, incentivando práticas seguras de consumo. Orientações sobre a checagem de registros no site da Anvisa, a escolha de fornecedores confiáveis e o reconhecimento de sinais de adulteração ou falsificação, são exemplos de iniciativas que podem contribuir para a conscientização. Seguros para empresas também podem incentivar a conformidade regulatória, ao estabelecer critérios rigorosos para coberturas que promovem a adoção de boas práticas de fabricação, armazenamento e distribuição. Esse tipo de iniciativa contribui para a redução de riscos ao consumidor e para a construção de um mercado mais responsável.

Um compromisso coletivo com a saúde 

A adulteração de produtos alimentícios é um problema que transcende a indústria e atinge consumidores, reguladores e toda a sociedade, colocando em risco a saúde pública e a confiança no mercado. A identificação de práticas ilícitas, como adulteração de azeites, sucos, leite, suplementos e outros produtos evidenciam a necessidade de fortalecer os sistemas de segurança alimentar e promover uma cultura de vigilância. Nesse cenário, o setor de seguros tem um papel estratégico como aliado na prevenção e conscientização. Além de cobrir riscos financeiros relacionados a problemas de saúde decorrentes do consumo de produtos adulterados, as seguradoras podem ser propulsoras da educação do público, incentivando práticas responsáveis de compra e consumo, como a verificação de origem e registro dos alimentos. Os seguros empresariais também podem atuar como indutores de boas práticas, exigindo conformidade regulatória de produtores e distribuidores como condição para coberturas. Quando usado de forma estratégica, ele reforça o compromisso coletivo com um futuro mais seguro e saudável, onde todos – consumidores, empresas e governos – desempenham um papel ativo na construção de um mercado de alimentos íntegro e confiável.

Postado em
27/1/2025
 na categoria
Inovação

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