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mpresa lança nova solução de seguro para pilotos seniores

A segurança aérea depende de uma série de fatores, desde a manutenção adequada das aeronaves até o treinamento rigoroso dos pilotos. No entanto, mesmo com todas as precauções, incidentes e acidentes podem ocorrer. É nesse contexto que os seguros especializados para pilotos se tornam indispensáveis. Um novo seguro de responsabilidade civil, desenvolvido pela InsurTech SkyWatch em parceria com a Aircraft Owners and Pilots Association (AOPA), foi criado especificamente para pilotos com mais de 70 anos. A iniciativa busca enfrentar as dificuldades que esses pilotos enfrentam ao adquirir seguros acessíveis e adequados, permitindo que continuem voando com a cobertura necessária. A SkyWatch destaca sua colaboração com a AOPA como parte de seu compromisso com a comunidade da aviação, oferecendo flexibilidade e soluções rápidas por meio de sua plataforma online. “Estamos comprometidos em dar suporte aos pilotos em todas as etapas de sua jornada de voo”, comenta Tomer Kashi, CEO da SkyWatch ao Insurance Innovation Reporter. “Este novo plano reflete nossa dedicação a toda a comunidade da aviação.”

Acidente de aeronave em Vinhedo trouxe discussões acerca da sua segurança

O acidente com o ATR-72 da Voepass em Vinhedo, São Paulo, que resultou em 62 mortes, reacendeu discussões sobre a segurança desse modelo de aeronave. O Coronel Rufino Ferreira,  ex-investigador do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), defendeu a segurança do avião, destacando seus sistemas redundantes que ajudam os pilotos a lidarem com emergências. Embora o ATR-72 seja diferente dos jatos modernos, ele cumpre rigorosas exigências de certificação. Amplamente utilizado em voos regionais, o modelo tem um bom histórico de segurança, mas acidentes graves como este inevitavelmente levantam dúvidas sobre sua confiabilidade. O ATR-72 é uma aeronave turboélice, muitas vezes comparada desfavoravelmente aos jatos, que costumam ser vistos como mais avançados tecnologicamente. No entanto, Ferreira enfatizou que a aeronave, apesar de suas diferenças, está equipada com sistemas duplicados, um fator que aumenta sua segurança em caso de falhas. A aeronave é projetada para ser eficiente em voos curtos e médios, com um bom histórico de operação em diversas condições climáticas e ambientes geográficos. As investigações sobre acidentes aéreos costumam ser complexas e envolver vários fatores, incluindo condições meteorológicas, falhas técnicas e erros humanos.

“Acidentes aéreos emblemáticos mudaram as regras do seguro para aviões no Brasil?”

A matéria do Infomoney abordou o acidente aéreo ocorrido em 2018 com o piloto John Venera e um colega durante um voo especial para a renovação dos certificados da aeronave. A queda, que não resultou em vítimas fatais, aconteceu na Serra do Mangaval, em Cáceres, a 220 quilômetros de Cuiabá, na região mato-grossense. No acidente, Venera sofreu fraturas nos tornozelos, no fêmur, no nariz e teve ferimentos na testa. O piloto esclareceu que o voo era autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e que o acidente não foi causado por uma falha mecânica, mas por uma série de erros. A matéria também menciona acidentes aéreos de grande impacto no Brasil, como o da Chapecoense e o do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. No caso de Campos, o avião emprestado estava com a apólice desatualizada, enquanto a queda da Chapecoense foi provavelmente devido a uma pane seca, um risco não coberto pela apólice. Especialistas indicam que aviões de companhias comerciais raramente enfrentam problemas, pois todas as linhas aéreas possuem seguro casco e seguro LUC. Segundo Sandra Assali, advogada e presidente da Abrapavaa, os acidentes fornecem "lições" que ajudam as empresas a identificar e corrigir falhas nas regras e procedimentos.

TRF3 reconhece necessidade de concessão de aposentadoria especial para pilotos

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) decidiu que o tempo de trabalho de um piloto deve ser reconhecido como especial, determinando ao INSS a concessão de aposentadoria especial ou por tempo de contribuição. O tribunal confirmou que o trabalhador, que atuou como piloto, instrutor de pilotagem, copiloto e comandante de aeronave entre 1987 e 2020, esteve exposto de maneira habitual e permanente a condições adversas, conforme previsto nos Decretos nº 83.080/1979, nº 2.172/1997 e nº 3.048/1999. exposto a condições adversas como pressão atmosférica anormal, se enquadra nas normas previstas. O pedido abrangeu o período de 1987 a 2020, em que o piloto atuou em diversas funções aéreas. Inicialmente, a 5ª Vara Federal Previdenciária de São Paulo/SP concedeu o benefício, mas o INSS recorreu. No entanto, o TRF3 manteve a sentença e segundo o relator, desembargador federal, Marcelo Vieira, a especialidade do trabalho foi comprovada por documentos como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e perícias de ações previdenciárias da Justiça Federal do Rio Grande do Sul e de São Paulo. 

Apólices precisam se adaptar às novas realidades operacionais

No setor de aviação, a segurança dos pilotos é tão crucial quanto a dos passageiros e da aeronave. As seguradoras estão cada vez mais focadas em desenvolver produtos personalizados, que consideram a experiência do piloto, o tipo de aeronave e as rotas frequentes. As soluções de seguros para pilotos são essenciais para criar uma rede de proteção que mitiga os riscos associados à profissão. À medida que a aviação evolui, é preciso que as apólices de seguro se adaptem às novas realidades operacionais para garantir que os pilotos desempenhem suas funções com segurança e confiança. Essas adaptações nas apólices, combinadas com as regulamentações governamentais atuais, demonstram uma crescente conscientização sobre a necessidade de estratégias bem estruturadas que protejam não só as aeronaves, mas também a vida dos pilotos, passageiros e terceiros envolvidos em acidentes aéreos.

Postado em
6/9/2024
 na categoria
Inovação

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